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Política

Eleição da Capital provoca primeiro bate-boca na Assembleia

Fabiano Arruda | 04/07/2012 12:30
Líder do PMDB na Assembleia, deputado Eduardo Rocha critica petistas na tribuna. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)
Líder do PMDB na Assembleia, deputado Eduardo Rocha critica petistas na tribuna. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)

A campanha começa oficialmente no dia 7, mas o clima eleitoral já pôde ser sentido nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa.

A eleição de Campo Grande motivou “bate-boca” entre os deputados Cabo Almi (PT), vice de Vander Loubet na disputa pela Prefeitura, e Eduardo Rocha, líder do PMDB na Casa de Leis.

Tudo começou no momento em que Almi ocupou a tribuna para falar de Saúde e, ao final do discurso, questionar qual era o projeto do candidato Edson Giroto (PMDB) para resolver o setor em Campo Grande e ter seduzido 16 partidos aliados.

Rocha usou o microfone já nas explicações pessoais para esbravejar contra a insinuação do petista. “Se vossa excelência está indo a força ser vice o problema não é do Giroto”.

“Só porque o PT ficou de estrela solitária e não conseguiu aliados. O Azambuja (Reinaldo, candidato pelo PSDB) atraiu partidos e ele fez cooptação?”, continuou. “O PT quando era Governo do Estado também tinha muitos aliados”.

Almi, por sua vez, garantiu que aceitou ser vice porque tem 14 anos de mandato como vereador na Capital e que o PT não atraiu aliados porque não aceitou o jogo do “toma lá da cá”. “Há a mágica do Parque dos Poderes na campanha”, disparou.

Em aparte, o deputado Pedro Kemp (PT) fez defesa do financiamento público de campanha para dar fim à falhas no processo eleitoral. “Dizem que para ser candidato a prefeito tem que ter R$ 15 milhões no bolso. Quem tem este dinheiro? E eu nunca vi alguém vender a casa para fazer campanha. Tem é que proibir doações de empreiteiras”, pregou.

Deputado Cabo Almi ironiza "poder" do PMDB em atrair 16 partidos aliados a Giroto. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)
Deputado Cabo Almi ironiza "poder" do PMDB em atrair 16 partidos aliados a Giroto. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)

O líder do PMDB replicou e acusou o partido dos trabalhadores de comandar o País há dez anos e não ter conseguido implantar a Reforma Política. “O PT teve R$ 60 milhões para a última campanha, de forma legal, mas através de doações milionárias como da Delta e Oderbrecht”.

Já o deputado Zé Teixeira (DEM) interveio para dizer que é preciso acabar com o caixa dois. “Os problemas são os Cachoeiras, Demóstenes e Marcos Valério”, opinou.

Reforma política - Antes, os deputados discutiram sobre eleições municipais e reforma política, assunto levantado por Júnior Mochi (PMDB), líder do governo.

Ao falar da importância do processo eleitoral nos municípios, Mochi pregou a necessidade da reforma política, com o fim da reeleição e aumento do tempo de mandato, e que muitos candidatos não conhecem de perto a realidade e a dificuldade dos cargos de vereador ou prefeito.

Em aparte, o deputado Zé Teixeira pediu que o eleitor participe mais do processo de articulação política para identificar quem realmente são os concorrentes na disputa que se aproxima.

Segundo ele, a interação da população poderia acabar com o que chamou de “bandalheira” que ocorre no interior do Estado onde “partidos políticos tentam se vender a R$ 5 e R$ 10 mil e atender interesses dos candidatos”.

“Não precisa de 30 partidos. A democracia tem que ser revista”, disse, citando casos de “traições” políticas.

Outra que esbravejou na Casa de Leis foi a deputada Mara Caseiro (PTdoB). Ela definiu a situação política do País como “dinheirocracia”. E considerou um retrocesso o processo eleitoral brasileiro ter pleitos a cada dois anos. “O dinheiro do povo vai para o ralo”.

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