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Política

Eleito vereador é denunciado por suposto calote em cabos eleitorais

Cabos eleitorais da campanha de um candidato derrotado também relataram falta de pagamento

Mayara Bueno e Richelieu de Carlo | 17/10/2016 15:27
Candidato que não se elegeu deu nota promissória. (Foto: Reprodução Whatsapp)
Candidato que não se elegeu deu nota promissória. (Foto: Reprodução Whatsapp)

A história repete-se a cada pleito. Termina uma campanha eleitoral e logo surgem denúncias de cabos eleitorais sem receber. Em Campo Grande, há pelo menos duas situações destas, uma delas levada ao sistema de denúncias da justiça eleitoral.

Eleito vereador com 2.641 votos, Willian Maksoud (PMN) é alvo de denúncia por não ter pago alguns cabos eleitorais que atuaram em sua campanha. A reclamação foi registrada no sistema online do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de MS) e outras pessoas também procuraram o Campo Grande News para relatar a falta de pagamento.

Segundo uma das pessoas que trabalhou na campanha, mas preferiu não se identificar, pelo menos 30 membros da equipe do então candidato não receberam. O combinado teria sido R$ 400 por mês. Líderes de grupo deveriam ter recebido R$ 500.

O trabalho feito pela equipe foi entrega de santinho e reuniões em casas no Jardim Presidente, Nova Lima e Campo Belo, por exemplo. “Mas há 20 dias, eles mandaram um WhatsApp dizendo que estavam correndo atrás do dinheiro e até agora nada”, explica o cabo eleitoral.

Embora denúncias como estas tenham sido formalizadas no TRE, pouca coisa poderá ser resolvida nesta esfera, como explica o juiz eleitoral David Gomes de Oliveira. Segundo ele, “duas ou três pessoas” registraram a reclamação de falta de pagamento no sistema Web Denúncia, especificamente contra Maksoud.

“Mas essa é uma questão trabalhista. Para Justiça Eleitoral importa a prestação de contas dos candidatos. Nestes casos, se deram colote, a orientação que dou é procurar um advogado”, diz o magistrado.

Situação semelhante teria ocorrido na campanha de Inacio Cavana (PDT), candidato derrotado. Cabos eleitorais, que também não se identificaram, disseram que o prometido foi R$ 800 por mês, mas até agora o pagamento referente a dois meses não foi feito. 

“Trabalhamos todo esse tempo, sol quente. Falou que ia pagar, deu uma promissória. Não paga, nem responde, sumiu”. Este caso, no entanto, não está registrado no Web Denúncia.

A explicação que recebeu, em um primeiro momento, foi que o pagamento estava prejudicado por conta da greve dos bancários – que terminou em 7 de outubro. A equipe chegou a entregar nota promissória, mas mesmo depois do fim da paralisação, a coordenação da campanha não teria feito o pagamento.

Outro lado - A reportagem conversou com o vereador eleito, que afirmou ter recebido cobranças de alguns que se disseram cabos eleitorais. Mas, segundo ele, essas pessoas não trabalharam na campanha.

“Quando fomos ver na região dele não teve voto nenhum. Como foi uma campanha curta, não chegamos em todos os bairros. Política é isso. Pessoas querendo atrapalhar, sendo que não existe nada disso”. A equipe do outro candidato não atendeu às ligações.

Na prestação de contas de Cavana, há a informação de que R$ 6.340,04 de despesas contratadas, mas não o quanto foi pago. Já Willian Maksoud declarou R$ 53.545,00 de contratos e R$ 23.505,00 de despesas pagas.

*atualizada para correção do partido de Maksoud

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