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Política

Eleitor só prestou atenção ao programa de prefeito na TV

Mariana Lopes | 04/10/2012 09:51
Para prefeito, o voto de Fábio foi decidido na propaganda eleitoral. Para vereador, o voto dele será na amizade.
Para prefeito, o voto de Fábio foi decidido na propaganda eleitoral. Para vereador, o voto dele será na amizade.

Após quase dois meses de propaganda eleitoral em rádios e emissoras de televisão, o espaço para os candidatos a prefeito e vereadores apresentarem as propostas de candidatura termina nesta quinta-feira (4).

Nas ruas, a opinião comum entre os eleitores é que o programa político, transmitido duas vezes ao dia, serviu mais para conhecer o perfil dos sete candidatos a administração da Capital no próximo ano, enquanto o voto dos parlamentares vai para algum candidato “amigo”.

“No horário eleitoral conheci melhor o histórico político do candidato e isso foi importante para eu decidir o meu voto para prefeito. Para vereador, vou votar pela amizade”, conta o açougueiro Fábio dos Santos, 33 anos.

O mesmo aconteceu com a estudante Loisa do Nascimento Lopez, 17 anos, que nesta eleição vota pela primeira vez. Ela afirma que os discursos a ajudaram a decidir para quem votar para prefeito, pois o voto para vereador também já estava certo. “Mas tem que ter um olhar crítico”, alerta a jovem.

Apesar de morar em Campo Grande, o agricultor Francisco Corrêa de Menezes, 68 anos, vota em Sidrolândia, mas diz que acompanhou todo o programa eleitoral e já teria o voto decidido para prefeito. “A gente tem que observar os detalhes dos discursos, porque eles falam muito e tudo igual”, critica. Já para vereador, o voto também seria para alguém que ele já conhece.

Enquanto Loisa quer conhecer os candidatos para saber em quem votar pela primeira vez, Paulo não tolera os personagens criados nas camapnhas (Foto: Minamar Júnior)
Enquanto Loisa quer conhecer os candidatos para saber em quem votar pela primeira vez, Paulo não tolera os personagens criados nas camapnhas (Foto: Minamar Júnior)

A estudante Franciely Alves de Souza, 25 anos, até acha importante o programa eleitoral para avaliar as propostas dos candidatos, mas afirma que não influenciou no voto dela. “Acho que é questão de maturidade, quando comecei a votar, nem gostava de assistir, hoje eu sei que é necessário”, pontua.

Mas nem todos enxergam o horário eleitoral como um espaço para os candidatos mostrarem com seriedade as propostas. “É muito personagem que aparece, o cara veste uma fantasia, o marqueteiro do partido arruma o discurso, o cara decora e vai lá falar. Assim é fácil, qualquer um se candidata, virou palhaçada”, critica o estudante Paulo Henrique Rodrigues Lima, 19 anos.

E ele não é o único desanimado com o cenário política atual. O aposentado Enoch Bezerra, 78 anos, não é mais obrigado a votar e há anos aproveita o direito que a idade lhe deu. "Não me sinto motivado com esses candidatos", diz, de forma bem direta e sincera.

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