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Política

Em 23 meses, Artuzi comprou R$ 857 mil em imóveis

Redação | 20/09/2010 13:41

O prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi (sem partido), preso acusado de uma série de crimes, adquiriu, em apenas 23 meses (abril de 2008 e março de 2010), imóveis urbanos e rurais avaliados em R$ 857 mil.

Somado à declaração de bens de Artuzi em 2008, quando era deputado estadual e disputou Prefeitura, de R$ 380 mil, o montante em propriedades rurais no nome dele ou da esposa indica um patrimônio superior a R$ 1,3 milhão.

O valor surprende pela origem humilde de Artuzi, e também contrasta com as possibilidades financeiras oferecidas pelo salário de prefeito, em torno de R$ 14 mil, mesma faixa salarial de um deputado estadual, cargo ocupado anteriormente por Artuzi.

O prefeito precisaria de 32 meses de salário só para comprar a Fazenda Revolta, um dos bens sequestados que está em nome da esposa dele, Maria Aparecida Freitas Artuzi. A propriedade foi comprada em março deste ano, por R$ 448 mil.

As informações constam da decisão do desembargador Manoel Mendes Carli que mandou sequestrar os bens imóveis e o gado em nome de Artuzi, da esposa e de mais dois homens apontados como laranja.

Segundo a decisão, só em 2010, um ano após assumir a prefeitura de Dourados, foram registrados em nome do prefeito e da esposa 4 imóveis. São 146 hectares da Fazenda Revolta, dividosd em duas partes, uma no valor de R$ 448 mil e outra de R$ 204 mil, além de dois lotes em Dourados, cada um avaliado em R$ 10 mil.

A relação traz, ainda, duas propriedades adquiridas por Artuzi em 2008, um lote no valor de R$ 5,2 mil e uma propriedade rural de tamanho não informado, avaliada em R$ 180 mil.

Gado- Ao mandar sequestrar bens do prefeito da esposa e dos dois homens apontados como laranjas usados pelo casal, o magistrado relaciona a existência de 406 cabeças de animais em nome de Artuzi, da mulher dele, de Edmilson Dias de Morais e de Paulo Ferreira do Nascimento.

O gado está distribuído em propriedades rurais de Nova Alvorada do Sul e de Dourados, conforme consta na decisão judicial.

A determinação é para que fiscais da Iagro (Agência de Sanidade Animal e Vegetal) de Mato Grosso do Sul acompanhe a contagem dos animais pelos oficiais de justiça, para a efetivação da medida.

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