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Política

Em meio à "guerra pela palavra", Câmara derruba veto de Bernal

Zemil Rocha e Jéssica Benitez | 16/07/2013 18:21
Pedra chegou a gritar durante a sessão na briga pela palavra com Chocolate (Foto: Divulgação)
Pedra chegou a gritar durante a sessão na briga pela palavra com Chocolate (Foto: Divulgação)

A Câmara de Campo Grande derrubou na manhã desta terça-feira, na última sessão antes do recesso parlamentar, o veto parcial do prefeito Alcides Bernal ao Projeto de Lei n° 7.391/13, de autoria do vereador Carlos Augusto, o Carlão (PSB), que dispõe sobre a obrigatoriedade da atuação do assistente social na Rede Municipal de Ensino, Escolas e Ceinfs do município. O veto foi derrubado por 16 votos a seis.

A favor da manutenção do veto se posicionaram os vereadores Derly dos Reis, o Cazuza (PP), Rose Modesto (PSDB), Marcos Alex (PT), Ayrton Araújo (PT), Paulo Pedra (PDT) e Gilmar da Cruz (PRB).

A discussão e votação do veto foram conturbadas. O líder do prefeito na Câmara, Marcos Alex, na ânsia de tentar convencer os colegas a manter o veto de Bernal, extrapolou seu tempo de pronunciamento para além dos sete minutos regimentais. Enquanto Alex falava, o colega Paulo Pedra (PDT) pediu para ser inscrito e, diante da negativa da Mesa Diretora dos trabalhos, presidida naquele momento pelo vereador Valdecy Batista, o Chocolate (PP), começou uma briga pela palavra.

Secretariando a mesa, Deley Pinheiro (PSD), estava falando que o Pedra não poderia se inscrever porque já tinha sido fechada a lista de inscrições. Pedra ficou revoltado e gritou contra a decisão. Deley tentou argumentar: “Eu acho”. E Pedra o interrompeu: “Vossa Excelência não tem que preferir nada”. Deley continuou falando e Pedra o ignorou: “Estou discutindo com o presidente e não com o secretário”.

Tentando pacificar os ânimos, o vereador Carlão, que é autor do projeto que originou o veto, pediu aparte e solicitou que deixassem o colega Pedra falar. “O que não pode é ganhar no grito. Quem ganha no grito é porco e aqui ninguém tem medo do Pedra”, alfinetou.

Nessa hora Chocolate se levantou da cadeira de presidente da Mesa Diretora, em razão de Pedra insinuar que ele não sabia o regimento da Casa para estar ali naquela posição. Em socorro a Chocolate, o vereador Airton Saraiva (DEM), exortou o progressista a continuar onde estava. “Começou tem de ficar aí, os vereadores tem de te respeitar”, afirmou.

No momento da votação, os dois vereadores que mais haviam criado polêmica na sessão, Pedra e Alex, fizeram questão de declarar voto, mais uma vez tentando convencer os colegas a manter o veto de Bernal. De nada adiantou. A maioria oposicionista mais uma vez funcionou e derrubou mais um veto do prefeito.

Revoltado, Pedra disse que esta era a primeira vez que a Câmara estava quebrando o Regimento Interno, porque colocou um vereador que não é da Mesa Diretora como presidente, sendo que o próprio Mario Cesar (presidente) estava em plenário.

Mais de 70 projetos – Além do vetos, os vereadores da Capital votaram nesta terça-feira outros 76 projetos, aprovando-os. A esmagadora maioria, 75 deles, Projetos de Decreto Legislativo que concedem Título de Cidadão Campo-Grandense e Medalha do Mérito Legislativo a personalidades que menciona. As comendas serão entregues na tradicional solenidade em comemoração ao aniversário de Campo Grande, comemorado no dia 26 de agosto.

Também foi aprovado, em regime de urgência, em turno único de discussão, o Projeto de Lei nº 7.427/13, de autoria do vereador Chiquinho Telles, que dispõe sobre a permissão de transporte de pequenas cargas.

 

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