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Política

Em silêncio, Amorim chega a presídio para ocupar cela com Giroto e mais 23

Michel Faustino e Amanda Bogo | 08/07/2016 15:32
O empresário João Amorim chegando na viatura da Policia Federal ao Centro de Triagem do Complexo Penal, no Jardim Noroeste. (Foto: Amanda Bogo)
O empresário João Amorim chegando na viatura da Policia Federal ao Centro de Triagem do Complexo Penal, no Jardim Noroeste. (Foto: Amanda Bogo)

O empresário João Amorim, preso na terceira fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Aviões de Lama, chegou por volta das 15h25 no Centro de Triagem do Complexo Penal de Campo Grande, no Jardim Noroeste. Em silêncio, Amorim ignorou a imprensa e se dirigiu para a antessala de triagem onde passará por inspeção e será encaminhado para a cela 17 onde estão presos o ex-secretário de obras Edson Giroto e o cunhado Flávio Henrique Garcia Scrocchio.

O empresário era considerado foragido e se apresentou na manhã desta sexta-feira (8) à PF (Policia Federal) em Campo Grande. Amorim chegou em carro particular e utilizou acesso alternativo para entrar no prédio da Superintendência, afim de evitar a imprensa.

Ele permaneceu pela manhã na sede do órgão, e foi encaminhado por volta das 11h30 em um carro da PF até o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). De lá, Amorim foi encaminhado para o Centro de Triagem de onde tinha saído no dia 22 de junho, após 42 dias no local, quando foi preso na 2ª fase da operação.

Por volta das 14h20, o advogado de Amorim, Benedicto de Figueiredo, teria ido na unidade prisional levar roupa de cama e colchões para que o empresário pudesse se instalar na cela onde, além dele, estão presos Giroto, Flávio Scrocchio e mais 22 pessoas, entre elas o procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, preso acusado de ter estuprado um adolescente. 

Operação – Na nova etapa da investigação, denominada Aviões de Lama, foi apontada dilapidação de patrimônio. Ou seja, avião, que segundo a polícia foi obtido com recurso irregular, no valor de quase R$ 2 milhões, acabou vendido. O avião Cheyenne pertencia à empresa ASE Participações, que tem Amorim como sócio. Inicialmente, o mandado de busca e apreensão foi endereçado para Cuiabá (MT), mas acabou cumprido em Maringá (PR).

A transação envolveu uma aeronave de R$ 350 mil e quatro cheques, que totalizam R$ 550 mil: uma lâmina de R$ 250 mil e outras três com montante de R$ 100 mil. O restante do valor ainda seria pago.

Conforme a PF, o recurso de reintroduzir dinheiro, que teria origem ilegal, no mercado formal é uma estratégia de lavagem de dinheiro. O fracionamento do patrimônio dificulta o rastreamento do dinheiro.

Apontada como engrenagem em mecanismo de lavagem de dinheiro, a ASE Participações foi constituída em 2 de maio de 2013, com capital social de R$ 1 milhão. No primeiro ano, o lucro foi de R$ 20 milhões. Contudo, segundo a investigação, ela não dispunha, junto com a Proteco Construções Ltda, de maquinário suficiente para atender os contratos de locação com 22 empresas.

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