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Política

Em silêncio, Giroto e Amorim deixam presídio após 42 dias detidos

Nyelder Rodrigues e Leandro Abreu | 22/06/2016 00:55
Edson Giroto saindo do Centro de Triagem às 0h15, após ganhar habeas corpus do STF (Foto: Alcides Neto)
Edson Giroto saindo do Centro de Triagem às 0h15, após ganhar habeas corpus do STF (Foto: Alcides Neto)

Foram soltos às 0h15 desta quarta-feira (22) os sete investigados pela Operação Fazenda de Lamas, segunda fase da Operação Lama Asfáltica. Quatro deles - o empreiteiro João Amorim, o ex-secretário de Obras, Edson Giroto, o servidor da Agesul, Beto Mariano, e o cunhado de Giroto, Flávio Scrocchio - estavam no Centro de Triagem do Complexo Penal de Campo Grande.

Nenhum deles quis falar com a imprensa na saída do presídio. Eles foram beneficiados com habeas corpus do STF (Superior Tribunal Federal), em decisão do ministro Marco Aurélio, na tarde de terça-feira (21). Porém, a ordem de soltura demorou para ser dada - apenas às 22h07 -, com a ida da oficial de Justiça à penitenciária acontecendo perto da meia-noite.

A situação fez com que houvesse longa espera da imprensa em frente ao Centro de Triagem, por quase 9 horas. O primeiro a sair da prisão foi Wilson Roberto Mariano de Oliveira, servidor da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) conhecido como Beto Mariano. Rapidamente, ele se dirigiu para o carro de seu advogado, Hilário de Oliveira.

Em seguida, quem saiu foi Edson Giroto, com a barba sem fazer, cabelo sem corte e óculos, além de um leve sorriso no rosto. O ex-secretário de Obras da prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado, durante às administrações de André Puccinelli, não quis conversar com a imprensa, mesmo sendo cercado por vários repórteres, fotógrafos e cinegrafistas.

Giroto usou sacola para se esconder de fotos e filmagens (Foto: Alcides Neto)
Giroto usou sacola para se esconder de fotos e filmagens (Foto: Alcides Neto)
Beto Mariano levou seus pertences em sacolas plásticas (Foto: Alcides Neto)
Beto Mariano levou seus pertences em sacolas plásticas (Foto: Alcides Neto)

Logo o ex-secretário e ex-deputado federal também entrou na camionete do advogado Valeriano Fontoura e usou a sacola em que estavam seus pertences para tampar o vidro do passageiro e se esconder, tentando evitar ser fotografado e filmado.

O advogado Valeriano também defende o cunhado de Giroto, o empresário Flávio Henrique Scrocchio. Ele e o dono da Proteco, João Alberto Krampe Amorim - defendido por Benedicto Figueiredo -, foram os últimos a sair e se aproveitaram do tumultuo sobre Giroto para fugir dos holofotes.

Prisão domiciliar - Na saída, já no ermo da madrugada e no frio do Jardim Noroeste, nenhum familiar a espera dos acusados, apenas advogados e a imprensa. Em parte, a situação é explicada porque uma parcela dela também estava presa preventivamente, em regime do domiciliar, recebendo soltura logo depois dele.

Cercado pela imprensa, Giroto não quis comentar a situação. Ao fundo, é possível ver João Amorim, que aproveitou para ir embora mais discretamente
Cercado pela imprensa, Giroto não quis comentar a situação. Ao fundo, é possível ver João Amorim, que aproveitou para ir embora mais discretamente

Logo após a oficial de Justiça entregar o habeas corpus do quarteto no Centro de Triagem, ela foi às casas das três mulheres detidas pela Fazenda de Lamas para também autorizar a soltura delas.

As beneficiadas foram Elza Cristina dos Santos, sócia de Amorim na Proteco, a filha do empresário, Ana Paula Amorim Dolzan e a mulher de Giroto, Rachel Portela Giroto, além de Mariane Mariano de Oliveira, filha de Beto Mariano.

Todos os citados foram presos na Operação Fazendas de Lama, que é a segunda fase da Operação Lama Asfáltica, deflagrada em 9 de julho do ano passado. Nesta última operação, foi investigado onde era investido o recurso federal desviado das obras executadas em Mato Grosso do Sul.

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