Empresário pode ser levado à oitiva com auxílio de força policial, diz vereador
O empresário Marcos Antônio Marini, proprietário da Mega Serv, corre o risco de ser levado por meio de força policial à oitiva da CPI do Calote caso não envie documentos probatórios à comissão confirmando que está doente. Ele foi convocado duas vezes para prestar depoimento, mas até o momento “deu bolo” nos vereadores.
A primeira vez alegou que estava viajando e mandou o gerente da prestadora de serviço, Milton Felicio, para depor em seu lugar. Na segunda vez justificou a ausência dizendo que está doente e, por isso, não tem condições de vir à Casa de Leis. Entretanto, segundo o relator da CPI, vereador Elizeu Dionízio (PSL) até agora Marini não se preocupou em comprovar a doença.
“Caso ele não nos forneça comprovação de que está mesmo doente, vamos solicitar expedida convocação coercitiva por meio de um juiz federal. Ele vai vir aqui nem que seja por com ajuda de força policial” garantiu o parlamentar.
Mesmo funcionando em uma pequena sala na Capital, a Mega Serv conseguiu contrato emergencial milionário com a Prefeitura de Campo Grande para limpar todas as unidades de saúde da cidade. O contrato é de seis meses e vence no próximo dia 1°.
O Executivo publicou ontem no Diário Oficial (Diogrande) edital de licitação para contratar a próxima empresa que fará o serviço. O que mais chama atenção é que a abertura das propostas vai ocorrer no dia 27 deste mês, ou seja, quatro dias antes de vencer o contrato com a Mega Serv.
Quando a empresa de Marcos Marini foi escolhida para prestar serviço de limpeza a mesma situação ocorreu. Segundo depoimento de Milton à CPI, a Mega Serv foi contratada no dia 1º de março e nesta mesma data contratou os quase 300 funcionários e começou a atender.
Na avaliação de Elizeu o mesmo acontecerá agora. “É um edital fantasma que vai contratar uma empresa fantasma. Vamos fazer um bolão? Eu aposto que a Mega Serv vai ganhar essa de novo”, opinou.
