ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 29º

Política

Entidades gastam R$ 7,5 mil em campanha para tentar "salvar" Bernal

Edivaldo Bitencourt | 17/10/2013 16:01
Sindicatos pagaram R$ 7,5 mil por outdoors espalhados para defender Bernal (Foto: Marcos Ermínio)
Sindicatos pagaram R$ 7,5 mil por outdoors espalhados para defender Bernal (Foto: Marcos Ermínio)

Com a instalação da Comissão Processante pela Câmara Municipal, que pode levar à cassação do mandato do prefeito, sindicatos, entidades estudantis e movimentos sociais lançaram um movimento para salvar o mandato de Alcides Bernal (PP). O grupo é liderado por entidades ligadas ao PT, como CUT (Central Única dos Trabalhadores), Fetems (Federação dos Trabalhadores na Educação) e MNML (Movimento Nacional de Luta pela Moradia).

A nova ofensiva do grupo, que já realizou duas manifestações na Câmara Municipal, foi a distribuição de 10 outdoors com o tema: “Votamos pela Mudança – Luta Campo Grande contra golpe político”.

Os 10 outdoors custaram aproximadamente R$ 7,5 mil e foram pagos pela CUT/MS. Segundo o presidente da entidade, Genilson Duarte, outras 19 entidades, que compõem o Fórum Popular em Defesa da Democracia, vão ratear os custos da propaganda para defender o prefeito.

Os outdoors reforçam a tese propagada pelo prefeito, de que não cometeu irregularidades e está sendo alvo de um “golpe político”. No entanto, as entidades não ignoram as irregularidades apontadas pela CPI do Calote, como falta de pagamento a prestadores de serviços, contratos milionários sem licitação e favorecimento de empresas sem sede administrativa na Capital, como MegaServ.

Segundo Duarte, a abertura da Comissão Processante é um erro. “A cassação será uma decisão política”, frisa o sindicalista. No entanto, ele reconheceu que, assim como Bernal foi eleito por 270 mil votos, os vereadores também foram eleitos pelos eleitores de Campo Grande.

Genilson Duarte explica que o movimento tem a finalidade de sacramentar a mudança na administração de Campo Grande. “Não defendemos o Bernal, defendemos a vontade popular, que desejou mudança”, frisou.

Na manhã de hoje, os sindicalistas fizeram um ato na esquina da Rua Barão do Rio Branco com a Rua 14 de Julho, no Centro da Capital. Na próxima terça-feira, a Fetems, CUT, UCE (União Campo-grandense dos Estudantes), ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) e MNML, entre outros, fazem nova reunião para definir a estratégia para defender o mandato de Bernal.

Bernal é o primeiro prefeito na história de Campo Grande que enfrenta uma Comissão Processante e pode perder o mandato. Ele já foi criticada até pelos principais aliados, como o senador Delcídio do Amaral (PT). O petista comentou na página no Facebook que a "história é implacável com quem dorme no ponto". 

Nos siga no Google Notícias