ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Política

Evolução patrimonial suspeita gerou investigação contra procurador

Michel Faustino | 19/05/2016 19:13
André Scaff deixando a delegacia na tarde de hoje. (Foto: Marcos Ermínio)
André Scaff deixando a delegacia na tarde de hoje. (Foto: Marcos Ermínio)

Imóveis de alto padrão, terrenos em regiões nobres de Campo Grande e evolução patrimonial 'suspeita' teriam sido os motivos que levaram o Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado), braço do MPE (Ministério Público Estadual), a investigar o procurador jurídico da Câmara Municipal de Campo Grande, André Luiz Scaff. Na manhã desta quinta-feira (19), o grupo cumpriu mandado de busca e apreensão no gabinete e na casa do procurador.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, o MPE (Ministério Público Estadual) passou a investigar Scaff depois de denúncias de que ele teria um patrimônio incompatível com os seus ganhos. Na época, o órgão abriu um PIC (Procedimentos Investigatório Criminal) para investigar as denúncias.

O cruzamento dos dados da declaração do imposto de renda do servidor com o seu salário chamou a atenção dos promotores. Scaff é servidor efetivo da Câmara Municipal de Campo Grande desde 1985. Conforme o portal de transparência o salário para sua função – procurador jurídico – é de R$ 5.149,00 com gratificação de até 200%.

Entretanto, o servidor possui patrimônio de mais de R$ 3 milhões sendo basicamente composto por imóveis de alto padrão, terrenos em bairros nobres e em regiões de franca valorização na Capital.

Scaff seria dono de três flats no Bahamas Apart Hotel, localizado na Rua José Antônio, Centro de Campo Grande. Inclusive, a propriedade dos imóveis foi alvo de ação impetrada por ele na Justiça. Em 2014, o servidor requereu em uma ação de uso capião a titularidade sobre os contratos de compra dos apartamentos adquiridos por ele em 1988.

Além disso, uma casa no condomínio Dahma avaliada em mais de R$ 1 milhão; uma propriedade de 2,5 hectares na Chácara dos Poderes; terreno na Rua Teldo Kasper, no bairro Chácara Cachoeira e vários terrenos na região do Rádio Clube.

Por meio da assessoria de imprensa, o MPE disse que não deve dar mais detalhes a respeito das investigação para não prejudicar os trabalhos.

Durante a ação de hoje, Scaff chegou a ser preso depois que munições de calibre .38 foram encontradas em um imóvel pertencente a ele.

O servidor foi levado para à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro para prestar esclarecimentos. Ele foi solto por volta das 15h30 depois de pagar fiança.

Ao sair, limitou-se a dizer que a ação do Gaeco se referia a questões pessoais, não estando relacionadas às operações Lama Asfáltica ou Coffee Break, estas sobre desvio de verbas públicas e suposto esquema de compra de vereadores para cassar o prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP).

Ao delegado Enilton Zappa, Scaff declarou que a investigação trata-se de contratos de compra e venda de imóveis.

Nos siga no Google Notícias