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Política

Ex-secretária admite que errou nas declarações gravadas pela PF

Leonardo Rocha e Kleber Clajus | 07/10/2013 11:35
Dobashi disse que suas conversas gravadas pela PF foram constrangedoras (Foto: Marcos Ermínio)
Dobashi disse que suas conversas gravadas pela PF foram constrangedoras (Foto: Marcos Ermínio)

A ex-secretária estadual de saúde, Beatriz Dobashi, admitiu hoje na CPI da Saúde que errou em suas declarações que foram gravadas pela Policia Federal, na Operação Sangue Frio. Ela afirmou que usou “expressões” erradas nas conversas que teve com ex-diretor Ronaldo Queiroz, e que na prática eram tomadas outras ações pela secretária de saúde.

Dobashi destacou que quando disse a Queiroz que ele poderia firmar o compromisso para receber os equipamentos de radioterapia do Ministério da Saúde e depois desistir dos aparelhos, isto não correspondia à realidade. “Claro que ele não poderia voltar atrás”, esclareceu.

Ela também lembrou que quando disse para Adalberto Siufi, ex-diretor do Hospital do Câncer, que ele “deveria mexer o doce” para conseguir um aparelho de radioterapia do governo federal, apenas destacou que ele deveria tomar as providências necessárias. “O Siufi não é o Hospital do Câncer, este é um hospital filantrópico que atende a sociedade, mas não estava incluído na lista do Ministério da Saúde para conceder um equipamento”, destacou.

A ex-secretária afirmou que foi bastante “constrangedor” ouvir suas declarações gravadas pela Policia Federal e que nenhuma destas conversas influenciaram o plano de expansão de radioterapia no Estado. “Hoje o Hospital de Corumbá, Hospital Regional, Hospital Universitário, Santa Casa e Hospital Evangélico de Dourados teriam condições de receber aparelhos”, descreveu.

O vereador Alex do PT, integrante da CPI, afirmou que é a primeira vez que um agente público reconhece que adotou uma postura inadequada, mas que é preciso investigar. “Ela admitiu o erro em relação às declarações, temos que checar se estes erros não foram confirmados com ações”, apontou ele.

Auditorias – Dobashi ressaltou que nas auditorias feitas pela secretaria foram detectadas falhas técnicas no serviço de radioterapia, no entanto em relação as ações e irregularidades envolvendo atos médicos, foi informada apenas depois da divulgação da Operação Sangue Frio. “Não recebemos nenhuma denúncia em relação ao Hospital do Câncer”, revelou.

Reunião – Alex do PT questionou a ex-secretária em relação a uma reunião que aconteceu no dia 11 de maio de 2012, quando o ex-secretário municipal de saúde, Leandro Mazina, teria dito que não haveria necessidade de novos equipamentos de radioterapia em Campo Grande. “Não houve esta deliberação da secretaria (estadual), se ele falou isto foi por conta própria”, destacou Dobashi.

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