Falta de documento gera bate-boca durante reunião da CPI na Câmara
As afirmações sem apresentação de documentos por parte dos depoentes na reunião da CPI da Saúde, na Câmara de Campo Grande, acabaram provocando reclamações e até bate-boca esta tarde. O mais exaltado foi o vereador Carlos Augusto, o Carlão (PSB), que discutiu de forma ríspida com a assessora de imprensa da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
Carlão estava assistindo à oitiva do vice-reitor da UFMS, João Ricardo, quando este estava sendo questionado pelo vereador Marcos Alex (PT) sobre a falta de documentos, já que afirmara que o não funcionamento do aparelho do setor da radiologia do Hospital Universitário (HU) se devia ao fato de faltar o atendimento a todos os 22 itens exigidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). Essa foi a justificativa apresentada para o não funcionamento, que acabou beneficiando a empresa Neorádio, de Adalberto Siufi.
Nesse momento, a assessora de imprensa da UFMS estava sentada no plenário da Câmara, com o vereador Carlão atrás dela. Ouviu, então, a assessora afirmar que havia sim documentos que comprovam a exigência dos 22 itens. Carlão não gostou e cutucou ela, questionando em voz alta: “Se tinha documento porque não trouxe?”.
A discussão esquentou e Carlão ficou ainda mais irritado. A assessora acusou-o de tê-la chamado de “Mané”. Carlão retrucou: “A senhora tem que me respeitar”. E perguntou a seguir: “Quem é essa mulher, quem deixou ela entrar aqui?”. Ela respondeu: “Sou servidora federal”.
Inconformado, Carlão continuou:”Não quero saber, quem deu autorização para ela falar aqui?” . Depois da discussão, o socialista saiu do plenarinho da Câmara, avisando: “Vou fazer requerimento, quero todos esses documentos”.
Antes do bate-boca, o vereador Marcos Alex já tinha reclamado da falta de documentos para corroborar as afirmações dos depoentes. “Desde de manhã só se fala, só se fala. A gente precisa de documentos”, afirmou o petista.