ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEGUNDA  15    CAMPO GRANDE 24º

Política

Filho de juiz ocupa cargo há seis anos e não foi promovido, diz prefeitura

Edivaldo Bitencourt | 27/12/2013 16:05
Filho de desembargador foi mantido no cargo de chefe na Fundac por Bernal (Foto: Facebook)
Filho de desembargador foi mantido no cargo de chefe na Fundac por Bernal (Foto: Facebook)

A Prefeitura de Campo Grande divulgou nota para rebater as suspeitas levantadas pela nomeação do arquiteto e urbanista Rubens Moraes da Costa Marques para o cargo de chefe da Divisão de Patrimônio e Espaços Culturais da Fundac (Fundação Municipal de Cultura). Ele é filho do desembargador João Batista da Costa Marques, que concedeu duas liminares para livrar o prefeito Alcides Bernal (PP) do processo de cassação.

“A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Fundação Municipal de Cultura - Fundac, vem a público esclarecer que o funcionário público arquiteto Rubens Moraes da Costa Marques é nomeado nessa Fundação desde o ano de 2007, ocupando cargo de chefe da Divisão de Patrimônio e Espaços Culturais pelo seu notório conhecimento na área”, diz a nota.

A postura de João Batista foi colocada sob suspeição pelo presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar Oliveira (PMDB), e pela diretoria da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul).

O principal motivo foi de que o magistrado não poderia rever decisão da desembargadora de plantão, Tânia Garcia de Freitas Borges, conforme o regimento interno do Poder Judiciário. Ela tinha indeferido a suspensão da Comissão Processante na segunda-feira (23).

João Batista revogou a decisão da juíza na manhã de ontem. À tarde, ela reviu a decisão do vice-presidente do Tribunal de Justiça e liberou o processo de cassação de Bernal. No entanto, João Batista despachou nova decisão e suspendeu, pela segunda vez em menos de 10 horas, o processo de cassação de Bernal.

No entanto, o prefeito divulgou nota para negar qualquer relação entre o emprego do arquiteto e a decisão de seu pai no Tribunal de Justiça. “Sendo que a atual administração, quando assumiu a Fundação no mês de janeiro deste ano, decidiu manter a nomeação do profissional, conforme o Decreto 230 publicado em 28 de janeiro de 2013, devido a sua capacidade e experiência. Inclusive o salário do contratado não sofreu alteração”, diz a prefeitura em nota divulgada pela assessoria de imprensa.

Nos siga no Google Notícias