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Política

Fim da novela: Sai nomeação de Flodoaldo para o Incra

Redação | 25/02/2008 07:42

Acabou a novela. O Diário Oficial da União desta segunda-feira traz a medida que sacramenta a troca do atual superintente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Mato Grosso do Sul. Sai Luiz Carlos Bonelli, que estava no cargo desde o primeiro governo do PT, que era defendido pelos movimentos que lideram os trabalhadores rurais sem-terra e assentados, e entra Flodoaldo Alves, professor universitário da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), e ligado às organizações de cooperativas no País.

Por enquanto, o que está definido é a entrada de Flodoaldo no cargo. Ela está prevista em portaria do reitor da UFMS publicada hoje no Diário Oficial, Manoel Catarino Paes Peró, cedendo o professor para exercer a superintendência do Incra no Estado.  A exoneração de Luiz Carlos Bonelli não está publicada.

Vitória peemedebista - Com a  concretização da indicação de Flodoaldo para o cargo, sacramenta-se, também,  a vitória do senador Valter Pereira (PMDB) no que transformou em uma disputa política pelo cargo do Incra, envolvendo principalmente a bancada do PT, que apoiava Bonelli. A versão corrente, que o senador nunca admitiu, é que ele votou favorável à prorrogação da CPMF, em troca de definir quem seria o novo superintendente do Incra.

Bonelli tinha do seu lado os movimentos que representam os sem-terra e assentados, para os quais já prestou serviço como engenheiro agrônomo, entre eles o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra). Por várias vezes, eles fizeram manifestações para pedir que Bonelli ficasse no cargo. A última delas foi a ocupação do prédio do Incra em Campo Grande na semana passada.

Os assentados e sem-terra manifestaram-se também contra a indicação de  Flodoaldo Alves, para eles um representante dos produtores rurais e não dos pequenos agricultores. Flodoaldo nunca quis se manifestar. Em sua defesa, o senador Valter Pereira diz que a nomeação do professor se dá pelos seus conhecimentos na área de cooperativismo, o que seria, na avaliação do parlamentar, um ganho para a reforma agrária no Estado. Na semana passada, os movimentos dos sem-terra ameaçaram com novas manifestações caso Flodoaldo fosse mesmo nomeado.

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