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Política

Fora da lista da Lava Jato, Delcídio pedirá indenização por “calúnias”

Leonardo Rocha | 09/03/2015 11:24
Delcídio informou a imprensa, em entrevista coletiva, que vai processar aqueles que acusaram de fazer parte da corrupção da Petrobras (Foto: Leonardo Rocha)
Delcídio informou a imprensa, em entrevista coletiva, que vai processar aqueles que acusaram de fazer parte da corrupção da Petrobras (Foto: Leonardo Rocha)

Sem citar nomes, o senador Delcídio do Amaral (PT) afirmou, hoje (09), em entrevista coletiva, no seu escritório em Campo Grande, que vai entrar na Justiça, pedindo indenização por danos morais contra aqueles que o acusaram de fazer parte do esquema de corrupção, envolvendo a Petrobras. Na última sexta-feira (06), foi divulgada a lista dos políticos que serão investigados, o caso de Delcídio foi arquivado.

“Aquilo que fugiu da política, e se tornou ataques pessoais a mim e minha família, vou tratar na justiça, com medidas e ações por danos morais, e todo o dinheiro que receber destas indenizações, que não deve ser pouco, irei repassar às instituições de caridade de Mato Grosso do Sul”, afirmou o senador.

Delcídio ponderou que já entrou com algumas ações na justiça, mas vai ampliar a lista de processos. “Pior coisa ao homem público é a desonra, e agora com o fim destas acusações, vou retornar com mais força e legitimado para contribuir com a política do meu Estado e país”, ressaltou ele.

O senador lembrou que foi feito uma investigação exaustiva do MPF (Ministério Público Federal), que provou sua inocência. “Um desfecho justo, para uma situação que foi usada com exaustão durante a campanha eleitoral do ano passado, a conclusão mostra que sou um homem honrado, que o povo de Mato Grosso do Sul sempre respeitou”, pontuou.

No arquivamento da denúncia contra Delcídio, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, explicou que as afirmativas do delator Paulo Roberto Costa eram muito vagas e assentadas em circunstâncias de “ter ouvido por intermédio de terceiros”, e de maneira “ não individualizada”, a respeito de valores supostamente ilícitos da empresa francesa Alstom, quando o petista era diretor de Gás e Energia da Petrobras, entre os anos de 2001 e 2002.

Defesa – Delcídio fez questão de pedir à população que não faça um “julgamento precipitado” e uma “condenação antecipada” em relação ao deputado federal Vander Loubet (PT), por ter sido incluído na lista dos investigados da Operação Lava Jato. “Não conheço a denúncia contra o Vander, mas não se pode condenar antes do tempo, é preciso dar condições para defesa, eu imagino o que ele deve estar sofrendo”, ponderou.

O senador lembrou que só a partir deste momento é que se vai fazer uma investigação sobre os políticos citados e que qualquer precipitação, pode prejudicar e acusar de forma errada um inocente. “O fato de ser investigado não quer dizer que tenha culpa”.

Diferente – Delcídio lembrou que esta investigação é diferente do processo do “Mensalão”, já que naquela oportunidade, a CPI dos Correios ofereceu todas as informações necessárias e o MPF apenas se posicionou com as provas em mãos.

“Esta (Lava Jato) vai começar agora a investigação, temos que enaltecer que no nosso governo (Dilma Rousseff) temos uma Polícia Federal competente, MPF e Justiça trabalhando com liberdade, nós criamos um sistema de combate a corrupção”.

O petista ainda apontou que a Petrobras precisa se reerguer e continuar andando, independente dos casos de corrupção, por ser uma empresa de ponta e excelência. “A Justiça vai dar as respostas (corrupção), temos que separar o dia a dia da empresa, a Petrobras vai ter regras mais rígidas e rever seu planejamento estratégico”.

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