Frente do Agronegócio em MS quer 1,5 bi em indenização a produtores após perdas
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul criou na manhã de hoje a Frente Parlamentar do Agronegócio, na tentativa de fazer vingar projetos que beneficiem produtores prejudicados pelas chuvas no Estado.
Dezoito parlamentares integram o grupo. Na tarde de hoje, reunião vai definir qual deputado assumirá a presidência. A frente foi criada no ano passado, mas até agora não havia sido implantada.
Mesmo sem essas definições, o grupo já tem algumas metas definidas. Os deputados defendem decreto de calamidade que abrange 18 municípios que tiveram prejuízos na produção.
Famasul, sindicatos rurais e universidades devem fazer estudos para verificar o impacto em cada região e os números nas lavouras que tiveram perdas.
A frente também vai articular com bancada federal o perdão das dívidas de produtores que perderam a safra e indenização no valor de R$ 1,5 bilhão por perdas no custeio, como gasto com as sementes.
Desse valor, 17% seriam repassados ao Estado como ICMS que deixará de ser recolhido porque a safra não será comercializada.
O montante chegaria a 255 milhões, dos quais 25% iriam para os municípios, como repasse regular.
A frente também quer mobilização por um novo modelo de seguro rural, com juros mais baixos que os praticados hoje no mercado, que ficam entre 10 e 12%. O percentual defendido é de 1,8% ao ano.
Segundo o deputado Paulo Correa (PR), os três municípios mais afetados na produção foram Sidrolândia, Rio Brilhante e Bandeirantes.
A soja foi a maior afetada, mas também há comprometimento em aviários e risco na safra de milho.