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Política

Gaeco começa a estudar mensagens recuperadas de celulares periciados

Paulo Yafusso | 15/10/2015 12:42
Laudos foram entregues ontem pelo Instituto de Criminalística, ao coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira (Foto: Fernando Antunes)
Laudos foram entregues ontem pelo Instituto de Criminalística, ao coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira (Foto: Fernando Antunes)

Quatro analistas do setor de inteligência do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) começaram hoje a analisar os dados da perícia realizada pelo IC (Instituto de Criminalística) nos 17 celulares apreendidos dos alvos da Operação Coffee Break. Os dados extraídos dos aparelhos ocupam cerca de 400 mil páginas, de acordo com informações do IC.

Os laudos periciais foram entregues ontem de manhã ao coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira, pelo diretor do Instituto de Criminalística, Eduardo Carvalho. Para facilitar o trabalho dos analistas, o IC entregou em envelopes individuais os dados de cada um dos celulares. Junto, seguiram resumos do que foi encontrado em cada um dos aparelhos, para servir como guia na verificação das informações.

Com o equipamento utilizado, o Cellebrite UFED, de fabricação israelense, os peritos da Criminalística conseguiram recuperar tudo que havia sido deletado dos celulares. Até mesmo do aparelho do prefeito afastado Gilmar Olarte, que foi entregue sem o chip e bloqueado. Só desse celular foram recuperado cerca de 13.500 páginas de informações. Equipamento igual a esse usado pelo IC foi empregado pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. E também é usado por organizações policiais de vários países, como o FBI e a Cia.

Como são muitos dados a serem verificadas, o promotor de Justiça Marcos Alex de Oliveira calcula que a investigação só será concluída próximo ao final do mês de novembro. Em princípio, a expectativa era de concluir o inquérito até o final deste mês.

Também já estão sendo analisados os documentos fornecidos pela Receita Federal, em atendimento à decisão da Justiça que autorizou a quebra do sigilo fiscal dos 17 alvos da Operação que também tiveram os celulares apreendidos. A análise desse material, basicamente declarações do Imposto de Renda, está sendo feita por contadores do quadro do MPE (Ministério Público Estadual). A Justiça também autorizou a quebra do sigilo bancário dessas pessoas, mas os dados ainda não foram entregues pelo Banco Central.

A Operação Coffee Break foi deflagrada no último dia 25 de agosto, para investigar compra de voto dos vereadores, para cassar o prefeito Alcides Bernal (PP), ocorrido em março do ano passado. Entre os alvos estão empresários e vereadores.

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