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Política

Novo Código Forestal "inviabiliza" produção em 350 mil ha, diz André

Fabiano Arruda | 18/03/2012 09:29
Puccinelli discursa durante abertura da Exporã em Ponta Porã. (Foto: Divulgação/Edemir Rodrigues)
Puccinelli discursa durante abertura da Exporã em Ponta Porã. (Foto: Divulgação/Edemir Rodrigues)

O governador André Puccinelli (PMDB) pregou união no Congresso Nacional para evitar perdas na agropecuária. O discurso ocorreu durante a abertura da 38ª Exposição Agropecuária de Ponta Porã.

A declaração faz referência ao novo código florestal. Segundo Puccinelli há o risco de comprometimento de mais de 12 milhões de hectares de terras cultivadas em todo o País.

“A pecuária tem hoje 200 milhões de hectares, a agricultura tem 60 milhões. Se o artigo 62 [do novo Código Florestal] não for alterado vão tirar da produção quase doze milhões de hectares. Do nosso Mato Grosso do Sul, 353 mil hectares”, afirmou André, segundo informações do site de notícias do Governo do Estado.

O texto do artigo 62 do código trata do reflorestamento em margens de rios, áreas de preservação permanente. A crítica é sobre a possibilidade de estados perderem terras produtoras por ocupações que, no passado, não eram ilegais e recebiam até estímulo pelo governo central para a interiorização do Brasil.

Na ocasião, o governador, acompanhado do senador Waldemir Moka (PMEDB) e do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), também falou sobre as medidas de segurança adotadas pelo Estado desde setembro do ano passado, quando foi detectado o primeiro foco de aftosa no Paraguai.

“E nós determinamos à secretária de Produção [Tereza Cristina Dias] que todos os esforços de recursos humanos e financeiros, em parceria com os municípios e o governo federal fossem feitos para que a aftosa possa ser erradicada num futuro próximo”, disse, destacando que o Governo tem priorizado a sanidade animal.

Já o presidente do Sindicato Rural de Ponta Porã, Jean Pierra Paes Martins, lembrou a liberação da fronteira da “zona de alta vigilância” há um ano.

“Comemoramos este ano de modo diferente da época da ZAV, por estar livre da febre aftosa. Apesar de a situação que ocorreu no Paraguai nos deixar tristes, temos a certeza do trabalho dos produtores e autoridades de lá para coibir esse problema”, afirmou.

André anda pregou paz no campo entre produtores e índios, cobrando maior participação do Governo Federal para melhorar as condições dos índios em terras já demarcadas, no entanto, criticou invasões na disputa por terras.

A Exporã 2012, aberta ontem, vai até o próximo domingo. Este ano o evento tem edição especial pelo centenário de Ponta Porã, comemorados em julho.

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