ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 19º

Política

Governo aguarda índice do piso dos professores para negociar reajuste

Antonio Marques | 21/12/2015 11:18
O secretário de Administração, Carlos Alberto Assis, disse aguardar decisão do índice do piso dos professores para negociar com a categoria (Foto: Fernando Antunes)
O secretário de Administração, Carlos Alberto Assis, disse aguardar decisão do índice do piso dos professores para negociar com a categoria (Foto: Fernando Antunes)

O titular da Secretaria de Estado de Administração, Carlos Alberto Assis, disse pela manhã, durante cerimônia de entrega de viaturas à segurança pública, que está aguardando a definição do índice de reajuste do piso nacional salarial dos professores para negociar com a categoria. Conforme portaria do MEC (Ministério da Educação), o percentual deve ser de 11,36%, e o valor mínimo de R$ 2.135,64, para carga horária, de até, 40 horas semanais a partir de 1º de janeiro.

Com a revisão do valor anual mínimo nacional por aluno (custo aluno) do Fundeb ( Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) publicada no início de novembro, conforme portaria interministerial nº8, de 5/11/2015, índice utilizado para correção do piso salarial dos professores previsto na lei do piso 11.738/2008, o percentual de reajuste para 2016 será de 11.36%.

O Ministério da Educação alegou que a revisão aconteceu em razão de decisões judiciais que alteraram o número de matrículas na educação básica nos municípios do Maranhão e de Santa Catarina, o que reduziu o valor do custo aluno e, consequentemente, o índice de reajuste dos professores caiu, de 12,72%, para 11,36%. Caso se confirme a nova estimativa até o dia 31/12/15, o valor do piso deverá ser de R$ 2.135,64, a partir de 1º de janeiro de 2016.

O presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botarelli Cesar, lembra que há um movimento dos estados e municípios para que a data base da categoria passe do mês de janeiro para maio. “Somos contra essa mudança, mas o governo federal pode publicar uma medida provisória até o dia 31 de dezembro pedindo a alteração. Temos que aguardar”, lembrou ele.

“Não adianta o governo federal apontar apenas o aumento. O país está passando por uma situação muito difícil. Já conversamos com o presidente da Fetems, e estamos aguardando a decisão do índice para iniciar as negociações”, afirmou o secretário de Administração.

Conforme tabela salarial da Fetems, o professor em início de carreira com carga horária de 40 horas semanais receber o piso de R$ 2.830,26.

Para Carlos Assis, o professor do Estado é o que tem o melhor salário no país e “temos orgulho disso e queremos manter assim.” Segundo ele, o governo tem como prioridade as áreas de saúde, segurança e educação. “E a educação começa pelo professor e nós queremos valorizar”, garantiu.

Mas o secretário disse ainda que vai aguardar a definição do governo federal para sentar com os técnicos da folha de pagamento para ver o impacto nas contas do Estado. Ele alega que muitos municípios e estados estão com dificuldades para pagar aumento do professor. “Queremos fazer acordo para poder pagar. Não adianta dar e não pagar”, ressaltou ele, acrescentando que além da Fetems, já tem conversado com os 46 sindicatos que representam os servidores, no sentido de negociação salarial com todo o funcionalismo.

Roberto Botarelli lembrou que o Estado não deve ter dificuldades para pagamento do reajuste previsto em lei federal, considerando que o Estado tem R$ 1,4 bilhão em caixa por conta dos depósitos judiciais, além das contas poderem fechar o ano com superávit, o que já aconteceu no mês de novembro último, que teve um saldo positivo de R$ 40 milhões. “Isso demonstra que a economia começa acenar para recuperação no Estado, o que dá maior tranquilidade financeira ao governo”, destacou o presidente da Fetems.

Nos siga no Google Notícias