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Política

Governo quer começar modelo de gestão pelas OS por Ponta Porã

Leonardo Rocha | 23/07/2015 13:12
Secretário Nelson Tavares diz que modelo é a melhor alternativa e que começa pelo hospital de Ponta Porã (Foto: Arquivo)
Secretário Nelson Tavares diz que modelo é a melhor alternativa e que começa pelo hospital de Ponta Porã (Foto: Arquivo)

O secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, confirmou nesta manhã (23), durante conversa com jornalistas, em sua residência, que a implantação do modelo de gestão de hospitais pelas Organizações Sociais já tem quatro unidades definidas, começando pelo hospital regional de Ponta Porã.

Ele explicou que depois segue para o hospital São Luiz de Dourados, tendo como o terceiro projeto a Santa Casa de Corumbá e o quarto será o hospital de Aquidauana. “Nós acreditamos que não tem outra alternativa, a gestão das OS se mostrou muito superior na maioria dos estados, não deu certo apenas nos locais em que houve esquema de desvio de recursos”, disse ele.

O secretário ressaltou que o governo conferiu in loco a administração feita em Goiás, com ótimos resultados, além de participar do 7° Congresso das OS no Rio de Janeiro, onde não se discute mais a eficácia deste modelo, apenas como aprimorar e ter resultados ainda melhores.

“Sabemos que existe a resistência, mas temos que sair do discurso pragmático e avançar, é o modelo para os próximos 50 anos”. A intenção é colocar em prática no Estado de forma imediata, começando logo no mês que vem, de acordo com os prazos previstos.

Tavares citou que o próximo passo é terminar o edital que vai qualificar as organizações sociais que desejam atuar em Mato Grosso do Sul, abrindo um prazo de 30 dias, depois deste credenciamento, acontece a fase de “chamamento”, onde se coloca o hospital específico e se abre o edital para os grupos interessados.

“Vamos analisar qual a melhor opção para aquele hospital, mais capacitada e preparada, melhor preço, sendo uma prerrogativa do secretário fazer a escolha, podemos fazer um pacote, ou seja, o que assumir um hospital com mais leitos, tem que ficar com outro com menos (leitos)”, ponderou.

Repasse - O repasse financeiro do Estado será fixo, com a definição da grade de atuação, onde também haverá metas qualitativas e quantitativas que serão cobradas. “Elas terão que prestar contas diariamente, teremos o controle de contratação e gastos, o secretário pode interferir se algo desagradar”.

Tavares ponderou que existe uma lei federal com regras específicas para as Organizações Sociais, que precisam prestar contas também ao Ministério Público, tendo um controle sendo feito em tempo real. “Além de não ter toda a burocracia, os custos são menores, as compras são mais baratas, com gestão qualificada”.

Em relação aos servidores, o governo diz que acatou algumas emendas propostas pelos sindicatos e conselho estadual de saúde para dar segurança e garantias, mas que em muitos casos, devido a pressão, já que se trata de uma gestão privada, alguns servidores optam em sair.

Alternativa – Nelson ainda revelou que sugeriu ao prefeito Gilmar Olarte (PP) que experimentasse a gestão por OS, colocando em um primeiro momento uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) como experiência. “Coloca o modelo e depois compara com as outras e veja o que acontece”.

Ele ainda disse que vai marcar uma reunião como prefeito para discutir melhor o tema e como poderia ser trabalhado na Capital. “Entendemos que em alguns casos não tem jeito, se trata da melhor opção”.

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