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Política

Irmã de pistoleiro presenciou conversa "estranha" entre envolvidos

Marta Ferreira e João Humberto | 14/12/2010 16:21

Revelação foi feita à Polícia. Em juízo, ela mudou versão

Primeira audiência na Justiça sobre morte de vereador está sendo realizada nesta terça. (Foto: João Garrigó)
Primeira audiência na Justiça sobre morte de vereador está sendo realizada nesta terça. (Foto: João Garrigó)

Uma das testemunhas arroladas pelo Ministério Público Estadual como parte da acusação contra os três homens presos pelo assassinato do vereador Carlos Antonio Carneiro, de Alcinópolis, é a irmã de Ireneu Maciel, 34 anos, o homem que atirou no vereador, em Campo Grande, no dia 26 de outubro. Em juízo, Marciana Maciel mudou sua versão sobre uma conversa entre o irmão e Valdemir Vansan, que é casado com uma irmã dela, e que foi apontado por Ireneu como responsável pela intermediação do crime.

Quando prestou depoimento na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), em Campo Grande, Marciana revelou que, 20 dias antes de o vereador ser morto, ouviu uma conversa “estranha” entre o irmão e o cunhado, segundo afirmou o promotor Douglas Oldegardo, em questionamento à testemunha. Conforme foi informado na audiência sobre o depoimento dela à polícia, no dia ela disse que os dois chegaram aparentemente alcoolizados em casa e, num dos trechos da conversa, ela escutou a frase “não tem nada a ver”.

Após o crime, Marciana disse à Polícia Civil que fez uma relação entre a conversa e a morte do vereador. Hoje, porém, ao ser indagada pelo promotor, ela disse que visitou o irmão no presídio e perguntou sobre a conversa e ele disse que ela fez confusão e que, na verdade, ele e Valdemir estavam falando sobre namoradas.

Ela contou que o irmão estava vivendo de bicos até ser preso minutos após atirar no presidente da Câmara de Alcinópolis.

Passagem-Marciana foi perguntada, também, sobre a requisição de passagem em nome de Irineu, retirada junto à Secretaria de Assistência Social de Alcinópolis e disse desconhecer o assunto.

A existência da requisição foi tornada pública ontem pelo advogado Ricardo Trad, contratado pela família do vereador como assistente da acusação. Para ele, se trata de um indício de envolvimento de alguém da prefeitura da cidade no caso.

O prefeito, apontado como suspeito pela família de Carlos Antonio Carneiro, nega qualquer envolvimento. Sobre a requisição de passagem, diz que já era conhecida inclusive da Polícia Civil. Trad, que apresentou o documento na audiência hoje, disse que desconhecia o fato de a Polícia já estar de posse da requisição.

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