Ivandro diz que Cândido Mariano não o pagou corretamente e processa maternidade
Para tentar desfazer o mal estar causado pela denúncia de uso indevido de celular funcional, o secretário Municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, disse que está processando a Maternidade Cândido Mariano por não ter recebido gratificação salarial de 40% por ter ficado “à disposição” da instituição 24 horas por dia durante os 7 anos que esteve à frente do local.
“Eu entrei com essa ação para reaver o que é de direito meu”, afirmou após ser ouvido pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde instalada na Assembleia Legislativa.
O secretário só contou sobre o processo que está movendo depois de o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) ter o questionado sobre o porquê de o secretário ainda ter celular funcional da maternidade mesmo depois de ele se desligar da instituição em dezembro de 2012.
Ivandro justificou que não devolveu o celular, pois a nova direção da maternidade precisava das orientações dele e por isso tinha que ficar de sobreaviso para o hospital. Ele foi questionado, pois quem paga a conta do celular funcional que está com ele é a maternidade, que recebe dinheiro do SUS (Sistema Único de Saúde).
“Eu não poderia deixar a instituição desassistida”, alegou Ivandro, dizendo ainda que irá pagar o que gastou de dezembro até agora e que só está aguardando a maternidade encaminhar a fatura da conta.
Contudo, o secretário de Saúde da Capital afirmou que está tranquilo e que tem certeza que não cometeu nenhuma irregularidade, pois o hospital sempre esteve ciente de que ele estava com o celular funcional da instituição.
No final da justificativa dele, o secretário quis abafar o caso apontando a Santa Casa. “Eu administrei muito bem a maternidade se comparado à administração da Santa Casa, que deve R$ 160 milhões, enquanto eu só cometi um erro com celular”, criticou.