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Política

Jamal diz que Câmara não sobrevive com presidente indicado por grupo

Bloco formado por 18 vereadores deve indicar candidato à presidência nos próximos dias

Fabiano Arruda | 17/12/2012 11:49
Jamal Salém diz que presidente tem que representar "todos e não um grupo". (Foto: Divulgação)
Jamal Salém diz que presidente tem que representar "todos e não um grupo". (Foto: Divulgação)

Fora do chamado “grupo dos 18” vereadores formado para indicar o candidato à presidência da Câmara a partir do ano que vem, Jamal Salém (PR) opinou, nesta segunda-feira, que uma indicação do bloco suprapartidário pode fazer o legislativo não sobreviver.

“O presidente tem que ser de todos e não só de um grupo, senão, a Câmara não sobrevive”, declarou o republicano que, desde o início das conversas em torno da eleição da Mesa Diretora para a próxima legislatura, colocou-se como pré-candidato.

Salém acredita que “o grupo dos 18 vai passar a ser dos 29”. Isso porque, segundo ele, a única intenção é tornar a Casa independente.

Jamal diz que já se reuniu com vários vereadores, inclusive do bloco suprapartidário, e com o prefeito eleito. “Ele
(Alcides Bernal) não tem preferência. Qualquer um dos 29 pode ser presidente”, disse.

A colega de partido, Grazielle Machado (PR), admitiu que o grupo está aberto para novas adesões em torno de um consenso, mas descartou que os 18 parlamentares possam apoiar um nome que está fora do grupo, como Jamal.
Segundo ela, o bloco, que se reúne nesta segunda e também na quinta (20), não abre mão de atuar de forma suprapartidária e auxiliar a administração de Bernal a partir do ano que vem.

Machado aproveitou para rebater a linha de raciocínio do colega. “Vejo com tristeza essa aposta de racha do grupo porque é uma falta de respeito com os vereadores que estão dialogando para ter uma Câmara mais forte”, declarou, acrescentando que seu nome está à disposição para presidir a Casa caso haja consenso. Independente da disputa por chefiar o legislativo, a republicana assegura que brigar por seu lugar à Mesa.

Já a vereadora Rosiane Modesto, a professora Rose (PSDB), diz que a escolha do grupo pelo candidato à presidência está próxima e deve ocorrer, no máximo, em uma semana. O prazo se deve pelo fato de, além da indicação do nome, há o período para coleta de votos.

Ela também diz que está à disposição, em caso de consenso, mas não vê como “obrigação” estar na disputa pelo posto. “Queremos um Poder forte e independente”, discursou, ressaltando que o grupo faz questão que o presidente seja alguém que aglutine todas as correntes na Casa. “O bloco não está fechado. A ideia é trazer os 29”, completou.

O vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), por sua vez, assegurou que tem compromisso com o bloco formado, sinalizando que não apoiaria candidato à presidência que não surgisse entre os 18.

Para ele, o “recado das urnas” neste ano, de mudança no Poder, tem que ser levado em conta. Na opinião do parlamentar, nomes com Mário César (PMDB), Paulo Pedra (PDT), João Rocha (PSDB) e Grazielle estão entre os mais cotados pela boa transição entre os partidos. “O presidente tem que ser alguém que não seja a favor nem contra o Bernal”, complementou.

Bloco - O bloco suprapartidário criou uma situação em que passa a ter a eleição nas mãos, já que formaram maioria. Fazem parte Grazielle, Flávio Cesar (PTdoB), Carlão, Airton Saraiva (DEM), Carla Stephanini (PMDB), Mário Cesar , Vanderlei Cabeludo (PMDB), professora Rose, João Rocha, Luiza Ribeiro (PPS), Edson Shimabukuro (PTB), Otávio Trad (PTdoB), Paulo Pedra, Eduardo Romero (PTdoB), Elizeu Dionizio (PSL), Alceu Bueno (PSL) e Thais Helena (PT). Gilmar Neri da Cruz (PRB) foi a última adesão.

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