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Política

Jardim é a primeira Câmara a rejeitar projeto de redução de salários

Juliana Brum | 27/09/2015 11:38
Câmara de Jardim é a primeira a rejeitar redução salarial (Foto - Divulgação)
Câmara de Jardim é a primeira a rejeitar redução salarial (Foto - Divulgação)

De cinco Câmaras Municipais que estudam a redução dos salários dos vereadores, secretários, prefeito e vice-prefeito em Mato Grosso do Sul, uma já rejeitou a proposta: Jardim. O município não se contagiou pela decisão da vizinha, Guia Lopes da Laguna, que aprovou com a maioria dos votos o corte salarial do chefe do Executivo e dos vereadores, para a próxima legislatura.

Hoje, além das cidades, Figueirão, Campo Grande e Itaporã também discutem o assunto.

Em Jardim, município localizado a 250km de Campo Grande, no último dia 22 de setembro, com sete votos contra o projeto e apenas três votos a favor, a proposta foi engavetada

Apenas Guilherme Monteiro (PSDB), Pietro Canepa (PSDB) e Orlando Damasceno (PT) apoiaram a ideia. A turma do contra teve Zé Preto (PR), Gláucio Cabreira (DEM), Mário Oliveira (PDT), Curipa (PT), Deco Cristaldo (PMDB), Claudia Barbosa (PMDB) e Vavo (PT). O presidente da casa de leis só precisaria votar em caso de empate.

O Projeto de Lei  foi proposto pelo presidente da Casa. Mas Cynthia Bearare, 25 anos, bacharel em Direito, também havia convocado nas redes sociais a população a assinar abaixo assinado pedindo a redução dos salários dos vereadores e do prefeito, justificando que a economia deveria começar pela administração do próprio município. Mesmo assim, não conseguiu o número mínimo exigido de colher 5% dos eleitores locais para um projeto por iniciativa popular.

“Eu penso que diante as dificuldades que o país está enfrentando com a crise os políticos teriam que serem os primeiros a darem o exemplo e reduzir os repasses como o da Câmara que chega a quase 180 mil por mês. Sou a favor de reduzir salários, sim,” disse o vereador tucano, Guilherme Monteiro (PSDB).

O Campo Grande News ligou para o proponente e presidente da Câmara, Prof.Serginho (PROS), mas não teve retorno.

Os outros municípios que estão estudando a mesma proposta são: Itaporã, Figueirão, Campo Grande. Em Itaporã a iniciativa foi proposta pelo vereador Gladstone (PTB) e Figueirão e Campo Grande através de iniciativa popular.
Em Campo Grande, o fisioterapeuta Denis Pereira da Silva, 23 anos, criou uma página, também no Facebook, com o nome “Redução dos Salários dos Vereadores de Campo Grande”. Em menos de 10 dias já conseguiu mais de 2.600 curtidas de pessoas que visitaram a página.

Para apresentar o projeto de lei de iniciativa popular é necessário colher assinaturas de 5% dos eleitores da Capital, cerca de 30 mil pessoas devem apoiar, assinando o pedido para reduzir os salários dos parlamentares. “Não é difícil basta que façamos juntos. Dessa forma vamos ajudar os eleitos a trabalharem e mostraremos que nós, os patrões não estamos satisfeitos”, reiterou o fisioterapeuta, lembrando que os postos de coleta do abaixo assinado será distribuído, na cidade brevemente.

O único município que aprovou o projeto no Estado até agora foi Guia Lopes da Laguna, em que o salário do vice-prefeito passou de R$ 8 mil para R$ 980,00. Houve diminuição de 50% na remuneração dos secretários (de R$ 6 mil para R$ 3 mil), que pode ter aplicação imediata tão logo seja aprovado na sessão ordinária da próxima terça-feira e sancionado pelo prefeito Jácomo Dagostin (PMDB). O chefe do Executivo tem a prerrogativa de veto o projeto, que só então valeria caso fosse derrubado, com apoio de 2/3 dos vereadores.

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