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Política

João Amorim e ex-deputado ficam em silêncio em depoimento relâmpago

Michel Faustino e Alan Diógenes | 12/11/2015 15:36
O empresário João Amorim (centro) permaneceu menos de 15 minutos na PGJ e saiu escoltado por dois policiais. (Foto: Gerson Walber)
O empresário João Amorim (centro) permaneceu menos de 15 minutos na PGJ e saiu escoltado por dois policiais. (Foto: Gerson Walber)

O empresário João Amorim e o ex-deputado e engenheiro Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, permaneceram cerca de 20 minutos na sede da PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) para onde foram encaminhados na tarde de hoje (12) para serem ouvidos pelos promotores da força-tarefa do MPE (Ministério Público Estadual) que investiga o desvio de R$ 2,9 milhões em uma obra de pavimentação no Pantanal. A informação apurada pelo Campo Grande News, é de que ao serem questionados se tinham algo a acrescentar sobre o processo, ambos optaram pelo silêncio e foram liberadores em seguida.

O primeiro a chegar na PGJ e ser ouvido pelos promotores foi o empresário João Amorim, dono da Proteco, e acusado de ser um dos líderes da organização investigada na Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal. Amorim chegou por volta das 14h em uma viatura da Denar (Delegacia de Especializada Repressão ao Narcotráfico) e deixou o local por volta das 14h13.

O advogado Benedicto Arthur de Figueiredo Neto, que atua na defesa de Amorim, disse que não iria se pronunciar porque o processo corre em segredo de Justiça. Benedicto reforçou que a defesa não concorda com a decisão da Justiça de manter os acusados de envolvimento no esquema investigado pelo MPE presos.

“Isso é inadmissível. Não concordamos em hipótese alguma da forma que está sendo feito. Manter as pessoas presas somente para prestar depoimento. Estamos vivendo o que se vivia na época da ditadura militar”, disse.

Já o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Paranaíba, Beto Mariano, chegou por volta das 14h13 em uma viatura da Defurv (Delegacia Repressão a Roubos e Furtos de Veículos) e deixou o local por volta das 14h20.

O advogado Hilário Carlos de Oliveira, que defende o ex-deputado, disse que o seu cliente reservou-se o direito de ficar calado, e preferiu não acrescentar nada a respeito das investigação, sendo liberado em seguida.

O advogado entende que a prisão é desnecessária tendo em vista que o seu cliente sempre esteve à disposição da Justiça. Ele afirmou que não pretende entrar com pedido de habeas corpus, já que a prisão temporária vence no sábado (14).

Conforme o relatório do MPE, Beto Mariano e os engenheiros Maxwell Thomé Gomez e Átila Garcia Tiago de Souza, foram designados pela ex-presidente da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos)., Maria Wilma Casanova Rosa, para aferirem a obra da MS-228 executada pela empresa Proteco, de João Amorim, onde foi constada irregularidade no revestimento primário numa extensão de 42 quilômetros, totalizando um prejuízo de R$2,9 milhões. Eles teriam atestado de forma fraudulenta a execução do serviço, que não foi feito integralmente.

Prisões - Foram presos o ex-secretário executivo do Ministério dos Transportes, ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, a ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, o empresário João Amorim, a sócio dele na Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos, os engenheiros Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi e o ex-deputado estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano.

Depoimentos – Ontem (11) foram ouvidos pelo MPE, a secretária e sócia da Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral, e o diretor da empresa, Rômulo Tadeu Menossi.

Na terça-feira (10) os promotores ouviram os engenheiros Maxwell Thomé Gomez e Átila Garcia Tiago de Souza, que são chefes das unidades regionais da Agesul.

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