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Política

Justiça acata denúncias e 13 viram réus acusados de lavarem R$ 45 milhões

Nyelder Rodrigues | 21/07/2016 19:22
João Amorim chegando à sede da PF quando foi preso pela primeira vez (Foto: Amanda Bogo/Arquivo)
João Amorim chegando à sede da PF quando foi preso pela primeira vez (Foto: Amanda Bogo/Arquivo)
Giroto saiu sorrindo do Centro de Triagem após permanecer 42 dias presos (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Giroto saiu sorrindo do Centro de Triagem após permanecer 42 dias presos (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

A Justiça Federal acatou as denúncias feitas pelo MPF (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul) e agora 13 dos denunciados na Operação Lama Asfáltica são réus no processo, que os acusa de desvio de recursos públicos que deveriam ser destinados para obras, além de lavagem de dinheiro.

Entre os acusados estão o ex-secretário de Obras do Governo, Edson Giroto, o cunhado dele, Flavio Henrique Scrocchio, e a esposa do ex-secretário, Rachel Giroto. Eles são citados na primeira denúncia.

Na segunda, está o servidor Wilson Roberto Mariano, o Beto Mariano, a filha dele, Mariane Mariano, Maria Helena Miranda, João Afif Jorge e João Pedro Figueiró, além de Edson Giroto novamente. Em terceira denúncia, são citados o empreiteiro João Amorim, Ana Paula Dolzan, Ana Lúcia Amorim, Renata Amorim e Elza Cristia Araújo dos Santos.

Conforme o MPF, a organização criminosa era composta por políticos, funcionários públicos com vínculo estatutário e contratual com o Estado de Mato Grosso do Sul, bem como administradores de empresas contratadas pelo Poder Executivo. As denúncias apontam para a lavagem de ativos em valores superiores a R$ 45 milhões.

Beto Mariano ao sair da cadeia, em junho, levou seus pertences em sacolas plásticas (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Beto Mariano ao sair da cadeia, em junho, levou seus pertences em sacolas plásticas (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

Como funcionava - As investigações indicam que a lavagem era feita com a aquisição de fazendas em nome de parentes. O dinheiro é fruto de desvio de recursos públicos que, na época, eram gerenciados pelo Governo de Mato Grosso do Sul. O período de atuação da organização criminosa foi, pelo menos de 2007 até 2014.

A investigação revelou ainda que o núcleo de atuação eram a Secretaria Estadual de Obras Públicas e de Transportes e a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimento). Lá, eles tinham acesso aos recursos provenientes do Estado, União e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico), desviados pelo grupo acusado.

Recentemente, a mesma operação resultou na prisão João Amorim, Edson Giroto, Beto Mariano e Flavio Scrocchio, que chegaram a ser encaminhados para o Centro Triagem do Complexo Penal da Capital, enquanto as mulheres envolvidas permaneceram em prisão domiciliar. Além disso, nesta semana, o ex-governador André Puccinelli teve seu patrimônio bloqueado.

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