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Política

Legislativo deve investigar vídeo com suposta propina de Bernal

Da redação | 26/10/2012 11:42

O vídeo em que o deputado estadual e candidato a prefeito pelo PP, Alcides Bernal, aparece negociando suposta propina deve ser investigado por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada pela Câmara de Vereadores.

A perita em estudos linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Carla Aparecida de Vasconcelos, confirmou, em laudo, ser de fato a voz do candidato que aparece no vídeo, recebendo R$ 200 mil por baixo da mesa e negociando a quantia de R$ 15 milhões para a campanha.

Outra frente de investigação deve ser aberta na Assembleia Legislativa. O deputado Marquinhos Trad fala em convocar o empresário (que Alcides Bernal não revela o nome) que, conforme a gravação do vídeo, estaria disposto a financiar a campanha do candidato do PP em “troca de parcerias” numa eventual administração do radialista em Campo Grande.

Alcides Bernal se intitula o candidato do tostão, mas faz campanha milionária”, diz o vereador Vanderlei Cabeludo, certo de que a denúncia é motivo para a cassação eleitoral e abertura de CPI, lembrando que o candidato do PP declarou à Justiça Eleitoral gastos de R$ 7 milhões. “Seu marqueteiro faz trabalho de luxo, com vídeo de alta definição e bem acabado. Isso tem um preço. Quero saber quanto custou de verdade sua campamnha e de onde vem o financiamento”.

O vereador considera estranha a conversa que Bernal teve no vídeo. “O vídeo fala em pedido de R$ 15 milhões e parceria. Mas que parceria deseja um empresário que investe tanta grana assim numa campanha eleitoral. Temo pela saúde de Campo Grande que Bernal vive criticando. Já pensou se o empresário buscar o retorno dessa grana no orçamento da saúde? Quantos hospitais, postos de saúde não dariam para construir? Quantos médicos não dariam para contratar? questiona o vereador relevando que já tem adesão de colegas na Câmara para o pedido da CPI.

Na Assembleia, Marquinhos Trad inicia movimento para identificar e convocar o empresário. “Ele (o candidato) só criticou, mas nunca foi vitrine. Como homem público, deve satisfação ao povo de Campo Grande. Ele tem a obrigação legal e o dever moral de revelar o nome do empresário que esteve com ele no Bar Franz Café tratando da suposta propina. Queremos saber quem é este empresário para convocá-lo a prestar depoimento na Assembleia e revelar toda a verdade.

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