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Política

Líderes do PMDB alfinetam tucanos e defendem candidato próprio em 2014

Zemil Rocha e Helton Verão | 25/03/2013 16:42
Mochi conversando com Nelsinho no encontro do PMDB esta tarde (Foto: Helton Verão)
Mochi conversando com Nelsinho no encontro do PMDB esta tarde (Foto: Helton Verão)

As principais lideranças do PMDB regional reafirmaram esta tarde a intenção de disputar a sucessão do governador André Puccinelli com candidato próprio. Esse foi o tom dos discursos e entrevistas esta tarde no I Encontro Regional do partido, que acontece no Sindicato Rural de Campo Grande, bairro Chácara Cachoeira.

Puccinelli, que esteve rapidamente no encontro, apenas para cumprimentar os correligionários, disse à imprensa que “o PMDB vai ter candidato próprio” no ano que vem. E alfinetou os ex-aliados, como o PSDB, que estão lançando o projeto “Pensando Mato Grosso do Sul” a fim de colher subsídios para seu programa de governo: “Eles estão pensando em Mato Grosso do Sul, nós já pensamos e repensamos”.

O ex-prefeito Nelsinho Trad, que também ficou só na abertura do encontro, chegou a prever que até julho, quando terminam os seis encontros regionais programados pelo PMDB, já haverá definição do pré-candidato a governador. “Temos seis encontros regionais agendados e acredito que até julho, quando terminam essas reuniões, vai estar decidido o nome do candidato a governador”, afirmou ele.

Sem esconder a vontade de ser o representante do PMDB na disputa de 2014, Nelsinho garantiu que está preparado para governar o Estado. “Me vejo preparado para ser governador de Mato Gross do Sul. Campo Grande serviu como uma universidade para mim”, declarou o ex-prefeito.

Quanto às alianças eleitorais, Nelsinho Trad disse que há um processo dinâmico que demanda atenção nas definições do cenário nacional. “E há muitos interesses envolvidos. Se houver divergências, deveremos ouvir a cúpula nacional do PMDB”, ponderou. Trad não descarta alianças, mas crê que o melhor é o PMDB ter seu candidato, assim como PSDB e PT.

A perspectiva de que o governador André Puccinelli se aposente da política em 2014 não agrada Nelsinho, embora ele compreenda que se trate de uma decisão pessoal. “Se o André estiver no time será muito importante para o PMDB”, defendeu.

E o Bernal? - Discursando durante o encontro, o secretário de Habitação do Estado, Carlos Marun lamentou os problemas administrativos que a prefeitura de Campo Grande vem enfrentando sob a gestão de Alcides Bernal (PP). “Quem viajou no final do ano e voltou neste começo de ano, encontrou outra cidade”, afirmou Marun, citando vários erros cometidos pelo novo prefeito de Campo Grande.

Ao lembrar da história do PMDB, Marun disse que na eleição do ano passado a população não julgou o partido pelo que os peemedebistas fizeram. “Fomos surpreendidos, não contávamos com a derrota. Em nenhuma eleição anterior teve segundo turno, o PMDB venceu todas no primeiro turno”, declarou.

Acredita, porém, que a derrota veio em boa hora. “Se o PMDB tivesse ganhado a eleição para a Prefeitura, iríamos perder para o governo do Estado”, disse o secretário, argumentando que o sentimento de mudança seria satisfeito mais cedo ou mais tarde. “É bom que tenha mudado agora, porque para o governo do Estado o PMDB estará mais forte”, opinou. “Tem gente pensando que essa turma aqui já era, mas nós vamos ainda ter muita história para contar”, acrescentou.

O presidente regional do PMDB, deputado estadual Oswaldo Mochi Júnior, na eleição de 2014 o povo vai dizer se aprova todos esses anos de governo peemedebista. “Em gestões passadas aconteceram coisas que não ocorrem na gestão do André. Nunca um servidor público entrou em greve, nunca se atrasou salário”, disse.

Durante o encontro, Mochi enalteceu o fato de o PMDB ter dois grandes nomes para 2014, o ex-prefeito Nelsinho Trad e a vice-governadora Simone Tebet. “Estamos aqui com os nossos dois candidatos”, destacou. Após, em entrevista coletiva, o presidente do PMDB disse que todo partido almeja o poder e, muito mais ainda, se tem uma grande estrutura política. "Não tem sentido analisar o quanto o PMDB é grande e tem deputados federais, senador, governador e não lançar candidato a governador", argumentou o deputado.

Indagado sobre possibilidade de aliança, com o PMDB ficando como coadjuvante, Mochi descartou essa possibilidade. "Não cogito alianças porque o PMDB tem força muito grande", declarou.

 

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