ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 25º

Política

Lula garante que não subirá em nenhum palanque em MS

Redação | 19/02/2010 13:32

As dificuldades de entendimento entre o PT e o PMDB em Mato Grosso do Sul fizeram com que o presidente Lula garantisse esta tarde, em entrevista coletiva após visita à fábrica da Fibria e da International Paper, em Três Lagoas, que não subirá em nenhum palanque eleitoral do Estado nas próximas eleições.

A decisão deixa tanto o ex-governador Zeca do PT quanto o candidato à reeleição, André Puccinelli, 'órfãos' do apoio do Planalto.

Sempre cercado pelos rivais eleitorais, Lula voltou a afirmar que o PT tem interesse no PMDB, "mas se em alguns estados existem dificuldades para a união, não é possível fazer palanque", citando o exemplo de Mato Grosso do Sul.

Mesmo não garantindo o apoio para nenhum dos concorrentes nas eleições estaduais, durante todos os momentos da visita à fábrica em Três Lagoas o presidente Lula se reportou de forma parecida a Zeca e André, dividindo a atenção entre os concorrentes.

Sobre as diferenças partidárias históricas que envolvem PT e PMDB em Mato Grosso do Sul, Lula, questionado sobre sua presença no Estado, afirmou que "como presidente, no exercício de suas funções, atenderá a todos os governos de todos os partidos".

Em seu discurso, o presidente mais uma vez usou a política e deu crédito para a construção da indústria tanto para Zeca do PT quanto para André Puccinelli. Movido pelo clima de boa vizinhança, André também citou Zeca em seu discurso.

"As negociações para a instalação da fábrica começaram com o ex-senador Ramez Tebet e tiveram participação do ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos. O reconhecimento deve ser feito a todos. Cada um de nós participou da construção deste Estado. Este é um momento de agradecimento porque também participei", discursou o governador.

Panos quentes - Em situação muito delicada, André Puccinelli usou seu discurso para aparar arestas com o presidente Lula. Há quinze, reportagem com interpretação equivocada, referindo-se a denúncias de André sobre supostos hábitos com bebidas de Zeca do PT, foi creditada como uma ofensa pessoal a Lula.

"Se um ou outro corintiano do seu lado e um ou outro santista do meu dizem que não sou aliado, é boato", garantiu André ao presidente Lula. O governador finalizou seu discurso chorando e mais uma vez lembrou que "o noivo está de branco e com lapela branca simbolizando paz".

Uma parte do discurso do presidente Lula pode ser interpretada como uma resposta à suposta ofensa do governador André Puccinelli. Apesar de político, Lula comentou: "Aprendi a respeitar e gosto de respeito. Eu não quero ser maior e nem menor que ninguém. Quero olhar no olho".

Nos siga no Google Notícias