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Política

Marçal já tem o controle estadual do Solidariedade, mas ainda nega filiação

Zemil Rocha | 02/10/2013 15:02
Marçal discorda de André e diz que pode se reeleger fora do PMDB (Foto: arquivo)
Marçal discorda de André e diz que pode se reeleger fora do PMDB (Foto: arquivo)

O deputado federal Marçal Filho pode não ter se filiado ainda ao Solidariedade (SDD), mas já tem o comando regional da nova legenda. Enquanto se propala a possibilidade de Marçal ingressar no PROS (Partido Republicano da Ordem Social), o parlamentar sul-mato-grossense já colocou na presidência do SDD sua fiel aliada Clarice Lima de Souza Araujo, que é diretora técnica de sua rádio, a FM 94 de Dourados.

E não é só Clarice. Toda a Comissão Provisória Estadual do SDD em Mato Grosso do Sul está nas mãos de Marçal, conforme pode ser constatado nas anotações partidárias realizadas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “Além da Clarice, tem também uma assessora parlamentar e até o fotógrafo do Marçal”, informou Adauto Cândido de Almeida, que presidia o partido até a semana passada.

Adauto de Almeida conta que recebeu uma ligação nesta semana da direção nacional do SDD, presidido pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, que também comanda a Força Sindical, comunicando-o da mudança. “A direção nacional me comunicou que precisava mudar, fiquei sabendo que o Marçal já tinha assumido o comando”, revelou Almeida, que passou a ser suplente da direção estadual, assim como César Peire, que era o secretário-geral da legenda.

Na avaliação de Adauto Almeida, a ida de Marçal para o Solidariedade não terá o oposição do governador André Puccinelli (PMDB). Lembra que há cerca de dois meses o deputado federal Paulinho da Força esteve com André, na Governadoria, em busca de apoio para formar o novo partido em Mato Grosso do Sul. “O Solidariedade está afinado com o André”, garantiu o ex-presidente da legenda.

Hoje de manhã, o governador André Puccinelli manifestou-se contra a ida de Marçal para o PROS, um dos novos partidos que também assedia o deputado peemedebista. Para André, seria um “equívoco eleitoral” a troca, já que Marçal teria dificuldade para se reeleger para a Câmara Federal.

Marçal nega - Embora as evidências apontem para a ida para o SDD, o deputado federal Marçal Filho continua negando. Esta tarde, ao ser indagado pelo Campo Grande News, se o fato de seus assessores e funcionários terem assumido o comando regional da nova legenda não significaria a antecipação de sua filiação, Marçal respondeu: “Paulinho, que é muito amigo meu, tinha me pedido que eu apontasse algumas pessoas para fazer parte do partido dele. Por formalidade, eu fiz as indicações. Para começar a estrutura partidária dele. Mas não tem nada definido sobre minha ida”.

Marçal reafirmou, porém, que tem um ótimo relacionamento com o deputado Paulinho da Força. “Nós integramos a Frente Parlamentar em Defesa dos Aposentado, ele vice-presidente e eu secretário”, disse. Apontou, porém, que também tem boa relação com os deputados federais que estão ingressando no PROS, além de ter recebido convites de filiação de outros partidos já instalados.

“Estou examinando essa possibilidade de deixar o PMDB. Eu tenho dificuldade porque desde 1988 estou no PMDB, foi meu único partido”, confessou Marçal Filho.

Ao mesmo tempo, pesa também a mágoa que sente em relação à decisão do PMDB no ano passado de apoiar a reeleição do prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB). “Isso mês entristeceu. O acordo era de que seria candidato quem estivesse melhor na pesquisa eleitoral qualitativa e quantitativa. Tivemos reunião dos presidentes do PMDB, comigo e o Geraldo, que era também pretenso candidato, o governador André e chegou –se à conclusão de que eu estava em primeiro. Conversamos com imprensa, André e Geraldo anunciaram, só que na convenção resultado foi outro. Coligação com o atual prefeito”, afirmou o parlamentar.

Quanto à declaração de André de que ele teria dificuldade de se reeleger para a Câmara Federal se deixar o PMDB, Marçal discorda. “Não acho que não me elegeria. As pessoas no nosso País ainda votam nas pessoas e não nos partidos”, argumentou. “Talvez por me conhecer bem o governador sabia que tenho essa resistência de deixar o PMDB e tenha feito a declaração por causa disso”, finalizou.

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