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Política

Marina diz que partido aposta em "nova forma" de fazer política

Jéssica Benitez | 26/03/2013 19:15
Após passar por duas siglas, Marina deseja elaborar "partido ideal" (Foto: Marcos Ermínio)
Após passar por duas siglas, Marina deseja elaborar "partido ideal" (Foto: Marcos Ermínio)

Um partido com novos objetivos, que não faça parte de jogos políticos, fique longe de negociatas por cargos e espaços no governo e permita atuação efetiva da militância, essas são algumas metas do partido Rede Sustentabilidade, presidido pelo ex-senadora Marina Silva. Na tarde de hoje a ex-petista esteve em Campo Grande para uma espécie de coletiva de imprensa para explicar melhor sobre a criação da sigla.

Marina veio à Capital para um evento de sua agenda particular, mas aproveitou as horas de folga que teve para propagar suas propostas. Ainda em processo de criação, o novo partido necessita de 550 mil assinaturas oriundas de todo o Brasil para que a legenda seja oficialmente registrada.

Em peregrinação pelo País inteiro, Marina pretende conseguir, pelo menos, 10 mil assinaturas em cada estado, com exceção de São Paulo onde avalia poder angariar 100 mil assinaturas devido à extensão populacional do estado. A ex-senadora já esteve em Manaus, Rio Branco, Rio de Janeiro, São Paulo e Belém, ela conta que a receptividade é alta por todo lugar que passa.

“As pessoas estão cansadas deste sistema político e querem algo novo. Isso é uma sinalização de que a população está novamente se encantando com a política”, disse. Marina explicou que quando saiu do Partido Verde, em 2011, não propôs a criação do rede porque não queria “mais do mesmo”, por isso, durante dois anos se dedicou à pesquisa do atual cenário político e das mudanças necessárias para reforma na área.

“Queremos quebrar o monopólio dos partidos na política. O que ocorre hoje é a privatização do Estado que é divido em pedaços pelas siglas”, afirmou. Seguindo este raciocínio, Marina adiantou que possíveis conversações para eleição 2014 devem ficar somente para o ano que vem. “Acho inadequado essa forma de participar das eleições. Os prefeitos e vereadores eleitos em 2012 mal esquentaram suas cadeiras e os partidos já estão negociando 2014. Esse é o pensamento do poder pelo poder, não queremos isso”, discursou.

Questionada sobre sua boa colocação na pesquisa Datafolha de intenções de voto à Presidência da República, onde a ex-petista aparece em segundo lugar com 16% da intenção de voto, atrás somente da atual presidente Dilma Rousseff (PT) com 58%, Marina se diz animada. “É um indicativo de que continuo sendo acolhida pela sociedade”, comemorou, mas, em seguida, voltou a dizer que o tema eleição só será discutido ano que vem.

Marina garantiu que o partido rede não se interessa por negociatas e que não deve ser oposição, nem base aliada ao governo e sim ter postura independente no cenário político. “Nossa aliança é com a sociedade. Vamos defender nossas ideias. Não precisamos de Ministérios para apoiar a Dilma. Hoje os Ministérios são dos partidos, trocam os ministros, mas a sigla permanece”, sentenciou.

Para finalizar a ex-senadora descreveu o partido rede como uma comunidade de pensamentos, onde ativistas autorais, ou seja, independente de organizações, estão nascendo. “Para nós o céu é o limite” filosofou.

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