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Política

Mario Cesar repreende os que ganham cargos e ficam “cegos” para crimes

Josemil Arruda | 03/01/2014 16:24
Presidente da Câmara, Mario Cesar, diz que é preciso "separar o joio do trigo" (Foto: arquivo)
Presidente da Câmara, Mario Cesar, diz que é preciso "separar o joio do trigo" (Foto: arquivo)

O presidente da Câmara de Campo Grande, Mario Cesar (PMDB), reagiu hoje à cooptação de vereadores para a base de apoio do prefeito Alcides Bernal (PP), afirmando que é preciso “separar o joio do trigo” e que não se pode ficar “cego” para crimes político-administrativos. Na última semana, Bernal oficializou o apoio de três vereadores – Paulo Pedra (PDT), Jamal Salém (PR) e Edson Shimabukuru (PTB) -através da posse de nomeados indicados por eles para o Instituto de Previdência de Campo Grande (IMPCG) e as agências municipais de Habitação (Emha) e de Transito (Agetran).

“Uma coisa é ter apoio de base governista para programa de governo, outra é tentar barrar punição. São coisas diferentes. Até porque se eleição fosse hoje, quem ganha é sempre generoso, precisa agregar e fala vamos governar juntos, vamos pensar Campo Grande. Isso é factível e inteligente. Agora o que não consigo entender é eu achar que ele cometeu algum crime político-administrativo e deixar pra lá se estiver no governo”, repreendeu Mario Cesar.

Para ele, é inaceitável troca de cargos para se evitar cassação, assim como é condenável que um agente político faça da “legalidade” uma moeda de troca. “Se eu não faço parte do governo sou contra os atos do prefeito, se estou junto no governo sou a favor? Não pode ser assim”, criticou. “Julgamento do prefeito não pode ficar condicionado a ter espaço no governo. Não se pode ficar cego para crimes político-administrativos, ficar com benesses e ver tudo diferente”, acrescentou.

Na opinião de Mario Cesar, é preciso que cada vereador, no dia do julgamento do prefeito Alcides Bernal, em data que ainda depende de decisão judicial, tenha “muita maturidade e transparência” para o exercício do voto. “No dia da votação não tem isso de ser base ou não ser base, mas decidir de acordo com a análise que fizer do relatório”, apontou. “Se relatório mostra crimes político-administrativos. e defesa não está tendo vontade de contrapor relatório, o vereador tem de se posicionar levando isso em conta”, emendou. “Eu espero que todos nós, inclusive eu, possamos votar com muita responsabilidade”, finalizou.

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