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Política

Marisa ameaça deixar presidência da CPI dos cartões

Redação | 19/03/2008 09:01

A presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), ameaçou deixar a presidência da CPMI se os requerimentos de acesso a informações sigilosas não forem votados na próxima semana.

"Se a oposição vir que não há como avançar nas investigações, serei a primeira a sair. Não estou aqui para brincar de  senadora e não quero ficar três meses [prazo de duração da CPMI] discutindo o sexo dos anjos", disse ao chegar para o depoimento do ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage.

A declaração foi uma reação às críticas feitas pela própria oposição de que a CPMI não quer ir fundo na investigação dos dados sigilosos. Marisa, no entanto, ponderou que a decisão de deixar a comissão é coletiva e deve ser tomada pelas lideranças partidárias.

A oposição acusa o governo de não querer avançar nas investigações com o argumento de que dados sigilosos não podem ser divulgados, pela possibilidade de comprometerem a segurança da Presidência da República.

"Se os requerimentos não forem votados, as lideranças partidárias vão tomar a decisão. Se decidirem que devemos ficar e bater até o último dia, ficamos. Se não, nos retiramos", completou.

Para o relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), no entanto, é preciso ouvir os diretores da Agência Brasileira de Informação (Abin) no atual governo e no governo de Fernando Henrique Cardoso, para decidir se será possível ter acesso às informações sigilosas.

"Se eles convencerem a CPMI de que é essencial à segurança do Estado o sigilo, acho prudente manter. Se não, a CPMI tem autorização para tomar os rumos que achar necessários", disse o relator. Os depoimentos estão marcados para a próxima terça-feira (25).

Luiz Sérgio também rebateu o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que ontem defendeu que a oposição deixe a CPMI caso os requerimentos não sejam votados. "Essa é uma tática que começa a se revelar por aqueles que queriam a CPMI, mas não querem a CPMI para investigar", comentou.

O deputado negou que o depoimento de Jorge Hage possa se resumir a dados e gastos já divulgados pelo Portal da Transparência. "

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