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Política

Médico cubano que trabalha em MS trata Fidel como "herói' e lamenta morte

Ricardo Campos Jr. | 26/11/2016 15:36
Fidel Castro, líder Cubano, morreu aos 90 anos (Foto: Agência AP)
Fidel Castro, líder Cubano, morreu aos 90 anos (Foto: Agência AP)

Seja por amor ou ódio, a morte de Fidel Castro surpreendeu o mundo e movimentou as redes sociais neste sábado (26). Enquanto a maioria aproveitou o acontecimento para lembrar o lado ditador do líder cubano, outros lembram dele com reverência, como é o caso do médico Denis Reve, médico que vive em Mato Grosso do Sul há dois anos.

Ele atua em Guia Lopes da Laguna, a 227 quilômetros de Campo Grande, pelo programa Mais Médicos. A mãe, os irmãos e sobrinhos ainda vivem no país caribenho.

“A morte de Fidel nos pegou de surpresa, embora em seu último discurso feito publicamente, em comemoração aos seus 90 anos, ele tenha dito que não estaria conosco por muito tempo. É muito triste”, ressaltou o profissional.

Nas palavras de Denis, a realidade de Cuba exportada mundo afora é diferente da experiência de quem morou no país a vida toda.

“Eu estudei medicina graças ao processo revolucionário criado por Fidel. A nossa formação engloba solidariedade com outros povos também como parte da nossa formação médica. Em 1986 enviou o primeiro grupo de médicos para ajudar em um terremoto em outro país”, lembra o caribenho ao Campo Grande News.

Para Denis, graças ao líder cubano ele e outros profissionais daquele país “fizeram história” no Brasil pelo programa do Governo Federal. Ele afirma que lembrará de Castro como herói.

“Tem uma cantora que fez uma música chamada 'Heróis'. Ela define muitas coisas e uma delas é que aos heróis não se deve lembrar com pranto, mas com aquela força com que nos ensinaram a continuar em frente e a lutar todos os dias de nossa vida”, completa.

Póstumo – As homenagens para Fidel Castro devem durar oito dias. Os restos mortais do líder serão cremados ainda neste sábado, segundo anunciou o irmão dele, Raul Castro, em pronunciamento na emissora de televisão estatal do país caribenho.

Conforme o Portal G1, a população de Havana poderá homenagear o ex-presidente no Memorial Marti. Depois, as cinzas partem para uma caravana de quatro dias pelo país.

No dia 4 de dezembro, a cerimônia para enterrar as cinzas no cemitério Santa Ifigenia, em Santiago de Cuba, começa às 7h.

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