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Política

Moka reúne 25 senadores e um ministro em Brasília para discutir crise

Antonio Marques | 12/08/2015 13:04
O senador sul-mato-grossense Waldemir Moka fez reunião na noite dessa terça-feira para discutir saídas para crise política e econômica. (Foto: Marcos Ermínio)
O senador sul-mato-grossense Waldemir Moka fez reunião na noite dessa terça-feira para discutir saídas para crise política e econômica. (Foto: Marcos Ermínio)

O senador Waldemir Moka (PMDB) reuniu na noite de ontem (11), em seu apartamento em Brasília, 25 senadores e o ministro de Minas e Energia, senador licenciado Eduardo Braga (PMDB), para discutir saídas para a crise política e econômica do país.

Entre os senadores estavam José Serra e Aloysio Nunes Ferreira, ambos do PSDB de São Paulo, o líder do PMDB no Senado, Eunício de Oliveira (CE), o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp (RO), Tasso Jeiressati (PSDB-AL), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Simone Tebet (PMDB-MS), Blairo Maggi (PR-MT) e Marta Suplicy (sem partido-SP).

Moka disse que a reunião foi motivada pela "séria crise" que o país atravessa e avisou que o objetivo é buscar solução conjunta, sem acenar apoio à presidente ou rejeição às propostas do Executivo que estão sendo apreciadas pelo Congresso. "Esse grupo, suprapartidário, quer ajudar", resumiu.

O tom da conversa foi de crítica ao governo da presidente Dilma Rousseff pela falta de diálogo e pelas falhas na condução da política econômica, especialmente no final do seu primeiro mandato. "O governo é fraco. Muitos ministros são inexpressivos e sabem menos da sua pasta que a presidente", afirmou o senador José Serra, um dos mais falantes da reunião.

O ministro de Minas e Energia tentou justificar o comportamento do governo, dizendo que Dilma tem conversado "bem mais". Citou o encontro de segunda-feira (10) da presidente com grupo de 43 senadores da base aliada. Braga admitiu, no entanto, que há falta de entrosamento entre o que pensam governo e PT.

Os senadores, no entanto, disseram que as reuniões convocadas pela presidente têm sido improdutivas. "Queremos uma conversa mais profunda, olho no olho, como essa aqui na casa do Moka. Nas reuniões até agora só a presidente tem falado", observou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

O programa eleitoral do PT, veiculado semana passada, recebeu muitas críticas dos parlamentares. O tom agressivo irritou a maioria dos senadores, segundo os quais o PT está tentando transferir responsabilidade da crise à oposição e ao Congresso. "O que foi aquilo", indagou o senador João Capiberibe (PSB-AP).

O ministro assumiu compromisso de tentar agendar reuniões periódicas da presidente com grupo de, no máximo, cinco senadores. "É isso que temos pedido há muito tempo", reforçou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), com a concordância de Ana Amélia (PP-RS).

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