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Política

Mulher se diz "enganada" ao participar de reunião com candidato a prefeito

Ricardo Campos Jr. | 26/09/2016 16:45
Valdete se diz enganada por gestores do sindicato, da Seleta e pelo candidato (Foto: Fernando Antunes)
Valdete se diz enganada por gestores do sindicato, da Seleta e pelo candidato (Foto: Fernando Antunes)

Funcionária terceirizada que trabalha para a Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária fez uma denúncia ao MPF (Ministério Público Federal) nesta segunda-feira (26) dizendo ter sido "enganada" pelos gestores da entidade para participar de um evento político do candidato a prefeito Marquinhos Trad (PSD).

Valdete Rizzo Muniz afirma que os trabalhadores foram convocados para uma reunião e compareceram pensando que seriam apresentadas "novidades a respeito das rescisões" com o município, uma vez que o poder público rompeu o convênio e ainda não acertou os direitos trabalhistas.

“Chegando lá, ele [Gilbraz Marques, presidente da Seleta] apresentou o Marquinhos”, conta. A terceirizada garante que o candidato em nenhum momento pediu votos explicitamente, apenas falou das propostas para a cidade. “Fez a campanha dele e disse que teremos momentos de paz”, afirma a denunciante.

Após o evento, representantes do Senalba (Sindicatos do Empregados em Entidades Culturais, Recreativas de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul) recomendaram Marquinhos aos associados dizendo que ele é parceiro da entidade.

Valdete também afirma que ninguém foi obrigado a ficar no local, embora tenham ido sem saber do que se tratava. “Eu fiquei até o fim para ver onde aquilo ia parar”.

Os advogados de Marquinhos Trad dizem que ainda não tiveram acesso ao conteúdo da denúncia e assim que forem notificados irão se manifestar. A princípio, segundo eles, o fato de haver uma reunião política sem pedido de votos e sem manter as pessoas de forma obrigatória, conforme assume a denunciante, não configura em si uma irregularidade.

Por outro lado, a defesa do candidato diz que o acesso a eventual representação é livre a qualquer cidadão, porém muitas vezes as impressões das pessoas com relação aos fatos não condizem com o preconizado pela legislação eleitoral no tocante a irregularidades.

O MPF avaliará a necessidade de instaurar procedimento, encaminhando o caso para o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) que analisa esse tipo de caso, ou então pode até arquivar a denúncia.

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