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Política

Na Bolívia, Lula diz que não faltará consumo do gás

Redação | 15/01/2009 11:34

Na Bolívia, onde entregou dois trechos da rota bioceânica, o presidente Lula (PT) afirmou que o Brasil não deixará de consumir o gás natural boliviano.

Primeiro a discursar, Lula relatou que o presidente Evo Morales alertou que o país vizinho cumpre com o acordo de não faltar gás. "Por isso, não faltará consumo por parte do Brasil dessa riqueza", salientou.

Nas últimas semanas, Mato Grosso do Sul, cuja receita depende da quantidade de gás importado, foi surpreendido pelo anúncio do governo federal de que o Brasil reduziria o consumo de 30 para 19 milhões de metros cúbicos.

A decisão foi recebida com apreensão pelo governador André Puccinelli (PMDB). Segundo ele, a redução causaria um rombo de R$ 35 milhões na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Na ocasião, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que integra, hoje, a comitiva presidencial, destacou que a economia para o Brasil seria de U$ 600 milhões. A justificativa era de que as termelétricas não precisariam do gás.

Contudo, na última sexta-feira, após reunião com ministros bolivianos, o Ministério de Minas e Energia informou que a importação será de 25 milhões de metros cúbicos. Neste cenário, Mato Grosso do Sul ainda perde R$ 18 milhões por mês. Puccinelli, que acompanha a visita do presidente, já havia antecipado que tentaria dialogar com Lula para evitar a perda de receita.

Silêncio - Lula foi à cidade de Arroyo Concepción a 15 dias do referendo que ratificará ou não a nova Constituição boliviana. A cidade pertence ao distrito de Santa Cruz, região que concentra a oposição a Evo Morales.

Para hoje, era esperado que a visita do presidente boliviano desencadeasse muitos protestos, mas o forte policiamento não permitiu a aproximação de opositores.

Pelas ruas, populares circulavam com material favorável às mudanças constitucionais. Um dos únicos protestos foi de um grupo que cobrava a liberação do governo para instalação de uma mineradora. O texto constitucional prevê mudanças estruturais significativas na Bolívia, com autonomia das regiões com maior prevalência de população indígena.

A imprensa boliviana apontou o encontro de hoje entre lUla e Evo como "estratégia" para fortalecer o governo para o referendo.

Morales desfendeu que o seu país vive momento histórico, com a dívida externa que era de US$ 5 bilhões reduzida para US$ 2,2 bilhões e reservas que aumentaram de US$ 1,7 bilhões para US$ 7 bilhões

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