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Política

Nelsinho denunciou Bernal por temer "prejuízos" com 28 obras paradas

Zemil Rocha | 12/09/2013 14:12
Obra de urbanização do Bálsamo é umas das que ficaram para Bernal concluir (Foto: Marcos Ermínio)
Obra de urbanização do Bálsamo é umas das que ficaram para Bernal concluir (Foto: Marcos Ermínio)

O ex-prefeito e atual secretário estadual de Articulação com os Municípios, Nelsinho Trad (PMDB), considera que as obras lançadas durante a sua gestão que estão paralisadas na administração do prefeito Alcides Bernal estão gerando “enorme dano e prejuízo ao erário público”. Segundo ele, 28 obras ficaram por serem concluídas ao deixar a prefeitura, mas só algumas foram continuadas pelo atual prefeito Alcides Bernal (PP), inclusive sendo incluídas em um de seus “pacotes”.

Essa situação de paralisação de obras levou-o a pedir ao Ministério Público Estadual (MPE) apuração de eventual ato de improbidade administrativa de Bernal, caso se comprove que a paralisação de obras iniciadas na gestão passada está ferindo o interesse público.

A abertura do inquérito civil nº 18/2013 foi publicada na edição de hoje (12) do Diário Oficial do Ministério Público Estadual e será conduzido pela 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da comarca de Campo Grande, que tem como titular o promotor Henrique Cândia.

“Toda obra parada faz com que haja enorme dano e prejuízo ao erário público. Toda vez que paralisa obra sem explicação, tendo dinheiro em caixa, quando retomada tem de ser aplicar aditivos e majoração em função dos danos que o tempo ocasionado no que já foi edificado”, afirmou Nelsinho Trad nesta quinta-feira.

Segundo ele, uma planilha de preços no inicio é um valor e depois de um tempo se faz outra conta. “Por que parar sem explicação sendo que tudo foi devidamente aprovado pela Caixa Econômica Federal, que é o órgão fiscalizador do dinheiro repassado pelo governo federal?”, questionou o ex-prefeito Nelsinho. “Todas essas obras tinham dinheiro em caixa depositado”, declarou.

Nelsinho Trad informou que a mesma representação proposta no MPE está sendo encaminhada no Ministério Público Federal (MPF), em razão de as obras paralisadas envolverem recursos federais.

Obras paralisadas – Quando Nelsinho Trad terminou seu mandato como prefeito de Campo Grande, em 31 de dezembro do ano passado, estavam em andamento e precisavam ser concluídas 28 obras públicas. Além disso, havia alguns projetos e emendas aprovadas, como do PAC da Mobilildade (R$ 180 milhões – 41 Km de recapeamento) e do PAC Pavimentação Asfáltica e Drenagem (R$ 896 milhões – 40 A 45 bairros – 1400 Km).

Entre as obras que estavam em andamento, no final da gestão passada, estão as escolas dos bairros Paulo Coelho Machado e Parati; os Centros de Educação Infantil (Ceinf) de 19 bairros, com verbas do PAC Social; as das unidades de saúde em 17 bairros, inclusive três de pronto atendimento nas Moreninhas, Jardim da Lapa e Santa Mônica; a de construção de 1.077 casas dos residenciais Jardim Santa Emília, José Maksoud e J. Abussaf e Gregório (Goinha); revitalização da Av. Júlio de Castilhos, recapeamento da Av. das Bandeiras; urbanização de fundos de vale do Córrego Bálsamo e Segredo e da Orla Morena II, trecho entre a Eça de Queiroz e o Cabreúva.

Segundo Nelsinho, algumas de suas obras inclusive faziram parte do "pacote" lançado pelo prefeito Alcides Bernal, quando o mesmo completou 111 dias de governo. Quando terminou o seu mandato, Nelsinho garante que não havia nenhuma obra parada. “Todas estavam sendo executadas normalmente”, assegurou.

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