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Política

No desespero por votos, candidatos “poluem” cidade com cavaletes

Leonardo Rocha | 02/10/2014 17:27
Moradores e comerciantes afirmam que cavaletes não influenciam voto (Foto: Marcelo Calazans)
Moradores e comerciantes afirmam que cavaletes não influenciam voto (Foto: Marcelo Calazans)
Candidatos apostam em cavaletes para conseguir o voto nos últimos dias de campanha (Foto: Marcelo Calazans)
Candidatos apostam em cavaletes para conseguir o voto nos últimos dias de campanha (Foto: Marcelo Calazans)

Faltando apenas três dias para eleição, os candidatos no desespero por votos, poluem as principais avenidas e rotatórias da Capital com cavaletes, a espera de serem escolhidos nesta reta final pelos indecisos, que até o momento não decidiram em quem votar. Com esta opção, os moradores e comerciantes locais reclamam que estes materiais atrapalham o trânsito e geram transtornos.

Este cenário só irá terminar no sábado (4), um dia antes da eleição, mas já está com os dias contados, pois após reforma na legislação eleitoral, os cavaletes serão proibidos nas próximas eleições, o que será um alívio para população que faz constantes reclamações sobre estes materiais.

Os candidatos utilizam esta ferramenta até a véspera da eleição, para poderem fazer propaganda do nome e do número nas principais vias da cidade e do Estado, sendo estes expostos durante às 6h até às 22 h. Esta é uma última alternativa para conseguir "capturar" o voto daqueles que ainda não se decidiram, principalmente para os cargos no legislativo estadual e federal.

De acordo com o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), já foram apreendidos 149 cavaletes, que apresentaram alguma irregularidade. Dependendo do local, os cabos eleitorais colocam apetrechos, como pedras, para segurar o material, pois em muitos casos acabam caindo, com risco de serem deslocados para vias públicas e até ocasionar acidente.

Reclamações - A maioria não vê vantagem dos políticos em colocar estes cavaletes pela cidade, inclusive reclamam da poluição visual e ainda admitem que não escolhem candidatos baseados em placas com nome, foto e número dos candidatos.

A vendedora Dayane Costa, de 23 anos, destacou que esta exposição (cavaletes) não influencia na hora da escolha do voto e apenas atrapalha o trânsito. "Não adianta nada, eu já escolhi meus candidatos com o tempo, procurei e estudei a melhor opção, não iria escolher pelo cavalete".

O estudante Mateus Vitor, 16, já está em uma situação diferente, não resolveu ainda em quem votar, mas garante que estas propagandas não vão influenciá-lo. "Vou decidir na última hora, mas não por foto e número de candidato, já não estou acreditando muito nos políticos, por isso acho estes cavaletes desnecessários, só atrapalha".

A bióloga Karoline Sandri, 32, revelou que nunca prestou atenção nestes materiais, pois toma sua decisão sobre os candidatos com tranquilidade, analisando as propostas. "Estas propagandas são apenas poluições visuais, não ficando olhando placa, para escolher meu voto, não faz o menor sentido".

A atendente Rizaneide Silva, 21, outra eleitora indecisa sobre os candidatos no legislativo, destacou que vai conversar com outras pessoas, fazer sua análise e descarta esta opção (cavalete) para ajudar na sua decisão. O comerciante Rafael Godoy, 27, inclusive reclamou que estes cavaletes acabam caindo pelos canteiros, podendo atrapalhar os carros.

O pizzaiolo Denis Pereira, 29, acredita que dificilmente os candidatos vão ganhar voto com estas propagandas, pois a escolha do voto é diferente. "Nem pensar iria definir (voto) por cavaletes, escolho aqueles que já conheço e confio".

Denis Pereira diz que não escolhe candidato por cavalete e sim aqueles que já conhece o trabalho (Foto: Marcelo Calazans)
Denis Pereira diz que não escolhe candidato por cavalete e sim aqueles que já conhece o trabalho (Foto: Marcelo Calazans)
Estudante Mateus Vitor acredita que os cavaletes são desnecessários, só atrapalham o trânsito (Foto: Marcelo Calazans)
Estudante Mateus Vitor acredita que os cavaletes são desnecessários, só atrapalham o trânsito (Foto: Marcelo Calazans)
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