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Política

No fim do mandato, André é avaliado como melhor governador no País

Marta Ferreira | 17/09/2014 13:21
Puccinelli na entrevista em que classificou o equilíbrio financeiro como sua principal obra no Governo.  (Foto: Marcelo Calazans)
Puccinelli na entrevista em que classificou o equilíbrio financeiro como sua principal obra no Governo. (Foto: Marcelo Calazans)

Faltando pouco mais de cem dias para terminar seu segundo mandato como governador, André Puccinelli, o principal nome do PMDB em Mato Grosso do Sul há vários anos, tem um motivo em forma de números para se orgulhar. Entre os 27 governadores, é o que termina o mandato com maior índice de aprovação: 58% de ótimo e bom, conforme levantamento do Ibope, que consta de reportagem desta semana do blog do jornalista José Roberto de Toledo. O blog é hospedado no portal do jornal Estadão.

Toledo, que preside a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) é especializado em estatísticas e escreveu sobre a avaliação dos governadores, em comparação a 2010. A análise foi feita a partir de um estudo encomendado ao Ibope pelo Estadão Dados, coordenado pelo jornalista. O cenário hoje, como tem mostrado as pesquisas sobre a imagem dos políticos em geral, é de perda de popularidade entre os administradores, revela o blog. Puccinelli, na comparação com os resultados de quatro anos atrás, quando tinha quase 80% de avaliação positiva, também tem uma nota mais baixa, mas a queda foi menor que os outros chefes de Executivo. A prova é que, naquele ano, o peemedebista foi avaliado com o quinto maior índice no País e agora está no topo.

A tabela com a avaliação dos governadores, que mostra o de MS no topo. (Foto: Reprodução/Blog José Roberto de Toledo)
A tabela com a avaliação dos governadores, que mostra o de MS no topo. (Foto: Reprodução/Blog José Roberto de Toledo)

Puccinelli aparece, também, bastante acima da nota média dos governadores, que é de 33% de avaliação de ótimo+bom. Na avaliação negativa, nova vantagem do governador sul-mato-grossense. Enquanto a média dos outros administradores fica em 26% de ruim+péssimo, a de André Puccinelli é de 9%. Com isso, ele tem um saldo, diferença entre a avaliação negativa e a positiva de 49 pontos percentuais. O mesmo número, na média, para o restante dos governadores é de apenas 7 pontos.

Mais um dado favorável a Puccinelli é que, no ranking elaborado, ele está bem acima do segundo colocado, Beto Richa (PR), que aparece com 47% de avaliação positiva.  

Legado – Em entrevista recente ao Campo Grande News, Puccinelli falou de suas duas administrações já em tom de despedida. Na conversa, ressaltou que, enquanto recebeu o governo, em 2007, com salários a pagar, vai entregar o cargo este ano até com o salário de dezembro pago e pretende ainda antecipar o pagamento do décimo-terceiro. Isso vai significar uma injeção de recursos de R$ 850 milhões na economia.

O cronograma prevê salário em 1º de dezembro, depósito do 13º salário no dia 19 do mesmo mês e, por fim, a antecipação da última folha do ano do dia 1º de janeiro de 2015 para o dia 29 de dezembro. Uma folha corresponde a R$ 280,6 milhões - conforme o último levantamento divulgado pela Secretaria Estadual de Fazenda.

Ainda sobre a saúde financeira, comentou que deixa o caixa estadual no azul e brincou que as coisas só se complicam se o próximo governador torrar o dinheiro no boteco. Na avaliação feita por André, a maior obra de seu governo não é física, mas sim o equilíbrio financeiro, após ter assumido o comando do Executivo estadual com as contas bloqueadas em razão do não pagamento de parcelas da renegociação da dívida estadual.

Aos 66 anos, Puccinelli acumula a experiência de duas administrações bem avaliadas em Campo Grande e os dois governos também com boa avaliação, além da experiência no Legislativo, na esfera estadual e federal como deputado. Tem dito que, agora, vai se aposentar da política para ser "apenas" vô, mas nos bastidores da política, continua sendo cotado como nome forte do partido para as próximas disputas.

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