ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 22º

Política

No inquérito contra Ruiter, PF agora analisa dados da quebra de sigilos

Josemil Arruda | 27/05/2014 17:34
Possível indiciamento de Ruiter pode acontecer daqui a três meses (Foto: arquivo)
Possível indiciamento de Ruiter pode acontecer daqui a três meses (Foto: arquivo)

O delegado da Polícia Federal (PF) de Corumbá, Alexandre do Nascimento, informou nesta terça-feira (27) que ainda estão sendo analisados dados relativos à quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-prefeito Ruiter de Oliveira e ex-assessores e outros documentos para que seja encerrado o inquérito da Operação Decoada. “Acredito que no início de setembro estaremos concluindo”, informou Nascimento.

“As investigações ainda estão em andamento. Tem a quebra de sigilo bancário e fiscal, que ainda não foi concluída e análise de milhares de documentos apreendidos na prefeitura e em empresas”, disse o delegado da PF. Indagado se já tem provas suficientes para indiciar o ex-prefeito Ruiter Cunha, o delegado disse que ainda não. “Mas já temos provas de fraude em licitação”, declarou.

O processo nº 0000380-77.2013.4.03.6004 tramitou na 1ª Vara da Justiça Federal de Corumbá, sendo que no dia 26 de agosto do ano passado foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF). Por falta de provas, o MPF devolveu o inquérito para a Polícia Federal continuar as investigações, sobretudo com dados da quebra de sigilos bancário e fiscal. Além de fraude em licitação, o inquérito investiga corrupção, desvio de recursos públicos e pagamentos de propina, com o envolvimento de servidores públicos municipais e empresários.

A operação Decoada, que apura desvio de dinheiro público e direcionamento de licitações, foi deflagrada em Corumbá há quase dois anos, no dia 31 de maio de 2012, com a participação de 100 policiais federais e quatro da Força Nacional de Segurança. Nesse dia, os policiais passaram nove horas na prefeitura de Corumbá, que permaneceu fechada durante todo esse período de devassa policial. Hospital de Caridade e empresas de Corumbá e a prefeitura de Ladário também foram “visitados” pelos policiais. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária, 36 mandados de busca e apreensão e 28 de condução coercitiva.

Em Corumbá, foram presos o secretário de Finanças e Administração, Daniel Martins Costa; o ex-presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Rodolfo Assef Vieira, que deixou o cargo para disputar as eleições; e a servidora Camila Campos Carvalho Faro. Na Capital, foi preso o assessor de gabinete Carlos Porto. As fraudes envolveriam milhões de reais em recursos federais.

A “Decoada” foi um desdobramento da operação “Questor”, realizada em maio de 2011, na prefeitura de Ladário, cidade vizinha a Corumbá. A investigação constatou que a maioria das empresas envolvidas no esquema fraudulento de Ladário também era fornecedora da prefeitura de Corumbá, algumas de forma exclusiva.

Nos siga no Google Notícias