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Política

No maior colégio da Capital, eleitor madrugou na fila para votar

Ludyney Moura e Renan Nucci | 05/10/2014 08:47
Longas filas, como na escola Teotônio Vilela, foram registradas na Capital (Fotos: Marcos Ermínio)
Longas filas, como na escola Teotônio Vilela, foram registradas na Capital (Fotos: Marcos Ermínio)
Aos 85 anos, dona Maria José, chegou cedo para exercer o direito de escolher que vai governar o país
Aos 85 anos, dona Maria José, chegou cedo para exercer o direito de escolher que vai governar o país

Pelo menos 15 mil campo-grandenses devem passar pela Escola Estadual Teotônio Vilela, no bairro Universitário, região sul da Capital. Segundo o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), este é o local de votação com maior número de eleitores da cidade. Duas horas antes do início do pleito já tinha gente na fila.

O primeiro a chegar foi o autônomo Paulo dos Santos, de 52 anos. Morador da região, ele conta que saiu de casa às 5h30 da manhã deste domingo (5). “Sai cedo para votar tranquilo”, disse o eleitor.

Porém, Paulo não enfrentou a tranquilidade esperada. A abertura dos portões da escola Teotônio Vilela, pontualmente às 8hs da manhã, foi marcada por correria e um princípio de tumulto causado pela ansiedade das pessoas em exercer seu direito.

Aos 85 anos e mesmo não sendo obrigada a votar, a aposentada Maria José do Amaral, também fez questão de sair de casa bem cedo, pois considera importante participar deste momento político da nação.

“Eu quero ajudar a escolher a melhor pessoa para governar meu país”, e emendou em tom de ironia, “votando eu mostro que estou viva e que ainda sou uma pessoa ativa”, brincou dona Maria José.

Cadeirante há 11 anos, vítima de um acidente de trânsito nas ruas da Capital, Gilberto Cardoso, 31 anos, autônomo, conta que mesmo morando a apenas cinco quadras da escola, o trajeto é “penoso”, e o único lugar com rampa de acesso é o próprio local de votação.

“Se eu soubesse que poderia pedir dispensa de votar, teria feito. Porque não adianta fazer um esforço para ir às urnas e não mudar nada”, disse Gilberto, que espera que os próximos eleitos façam algo de efetivo para a questão de acessibilidade. “Alguns (candidatos) até falam disso, mas depois não fazem nada”, desabafa. Para pedir dispensa, o portador de deficiência precisa fundamentar uma solicitação à Justiça Eleitoral.

O fiscal do TRE, Anderson Romero, explica que até agora a votação acontece tranquilamente, apesar da correira registrada na abertura dos portões. “Nas últimas eleições não registramos anormalidades, e hoje o eleitora também vai poder exercer seu direito de voto de forma tranquila”, disse. Dois policiais militares fazem a segurança do local.

Gilberto reclamou da falta de políticas públicas que garantam acessibilidade para portadores de deficiência
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