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Política

No Senado, Moka alerta para a falta de médicos no interior do País

Zemil Rocha | 14/03/2013 19:01
Moka:13% dos profissionais estão em municípios de até 50 mil habitantes (Foto: Arquivo)
Moka:13% dos profissionais estão em municípios de até 50 mil habitantes (Foto: Arquivo)

O presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senador Waldemir Moka (PMDB-MS), durante a reunião do colegiado de quarta-feira (13), fez um alerta sobre a falta de médicos no interior do País. “O Brasil precisa investir na interiorização de seus médicos”, defendeu o parlamentar, que também é médico. O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde revela que do total de médicos no país, menos de um terço está fora das regiões Sul e Sudeste.

Hoje 87% dos médicos do País estão trabalhando em municípios com população superior a 50 mil habitantes, embora representem apenas 10% das cidades. “Os municípios do interior do país enfrentam dificuldades para atrair e fixar médicos. Os dados mostram que apenas 13% dos profissionais estão em municípios de até 50 mil habitantes, os quais correspondem a quase 90% das cidades brasileiras”, afirmou Moka.

A quantidade de médicos disponíveis, por 1.000 habitantes, é considerada baixa no País, pelos critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS). A proporção, que deveria ser de 2,5 médicos por 1.000 habitantes no Brasil, é de 1,5 por 1.000 habitantes em média, segundo Moka. Essa proporção seria menor do que a de países como Espanha, Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Cuba, Venezuela e Uruguai.

Na região Sudeste, conforme o senador sul-mato-grossense, a proporção é de 2,0 médicos para cada 1.000 habitantes, enquanto no Centro Oeste essa relação cai para 1,6 médicos; no Nordeste é de 1,0 médico para cada 1.000 pessoas e no Norte, de 0,8.

O Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica (Provab) do Ministério da Saúde, que estimula a atuação de profissionais na atenção básica em periferias de grandes cidades, municípios do interior ou em áreas mais remotas, foi elogiado pelo senador do PMDB. A nova versão do programa prevê o pagamento de bolsa federal para o médico no valor de R$ 8 mil mensais, atividade supervisionada por uma instituição de ensino e a obrigatoriedade de curso de pós-graduação prático-teórico com 12 meses de duração. Para os profissionais bem avaliados, o Provab 2 vai manter a bonificação de 10% nos exames de residência médica.

Na presidência da CAS, Moka disse que vai aprofundar o debate sobre a interiorização dos médicos.

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