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Política

Operação entra na terceira etapa e Gaeco mira patrimônio de suspeitos

Aline dos Santos | 14/10/2015 12:16
Marcos Alex (centro) recebeu ontem dados da quebra do sigilo fiscal. (Foto: Fernando Antunes)
Marcos Alex (centro) recebeu ontem dados da quebra do sigilo fiscal. (Foto: Fernando Antunes)

A operação Coffee Break entra na terceira etapa e vai verificar a movimentação financeira dos investigados. Segundo o promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), Marcos Alex Vera de Oliveira, os dados do sigilo fiscal chegaram ontem.

“É uma quantidade absurda de dados e ainda vão chegar os dados da quebra do sigilo bancário. A quantidade de informações é muito grande”, afirma o promotor, que hoje recebeu no IC (Instituto de Criminalística) o relatório da perícia nos 17 celulares apreendidos em 25 de agosto, data da primeira etapa da operação.

A quebra do sigilo fiscal permite, basicamente, acesso a informações do Imposto de Renda. “Nós vamos encaminhar esses dados à contabilidade do Ministério Público Estadual) para verificar, principalmente, a evolução patrimonial ou eventual incompatibilidade de patrimônio”, salienta Marcos Alex. É investigada compra de voto na Câmara Municipal para cassação do prefeito de Campo Grande no ano passado.

Nesta terceira etapa de análise de dados também entra o resultado da perícia nos celulares, que resultou em 400 mil páginas. Conforme o promotor, se surgirem fatos novos, pessoas já ouvidas poderão voltar a depor e, também, ser um encaminhado um novo pedido à Justiça para afastamento de vereadores. Pedido similar já foi negado pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

“O desembargador entendeu que não havia risco para a produção da prova. Mas se houver fato novo, que indique que essa realidade mudou, havendo interferência na prova, nós pediremos, sem dúvida alguma, todas as medidas para garantir o êxito da investigação”, diz o promotor.

No dia 25 de agosto, a Coffee Break deteve 13 pessoas para prestar depoimentos. A condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a ir, foi autorizada para nove vereadores: Mario Cesar (PMDB); Edil Albuquerque (PMDB); Airton Saraiva (DEM); Waldecy Batista Nunes (PP), o Chocolate; Gilmar da Cruz (PRB); Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão; Edson Shimabukuro (PTB), Paulo Siufi (PMDB) e Jamal Salém.

Na ocasião, também prestaram esclarecimentos o ex-vereador Alceu Bueno, que renunciou após escândalo de exploração sexual, e os empresários João Amorim (Proteco Construções), Fábio Portela Machinsky e João Roberto Baird (Itel Informática). A Justiça autorizou o afastamento de Gilmar Olarte (PP) da prefeitura e determinou que Mario Cesar se afastasse da presidência da Câmara.

No dia 30 de setembro, na segunda etapa, o TJ autorizou as prisões temporárias por cinco dias de Olarte e João Amorim. O prefeito afastado ficou preso todo o período. Amorim obteve habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e foi solto após 34 horas na prisão.

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