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Política

Oposição atrai deputado governista para formar bloco

Redação | 23/11/2010 15:15

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa tenta cooptar um deputado governista para formar bloco e aumentar o espaço político nas votações e nas principais comissões temáticas da Casa.

Na prática, sete deputados oposicionistas foram eleitos no dia 3 de outubro. Contudo, são necessários oito parlamentares para formar um bloco suprapartidário, conforme o regimento.

Para completar o grupo oposicionista, conversas de bastidores estão sendo travadas com o novato Lauro Davi, ex-presidente da Cassems eleito pelo PSB.

Os deputados Pedro Kemp (PT) e Felipe Orro (PDT) ficaram incumbidos de procurar Davi e negociar.

Toda a tratativa foi feita em uma reunião ocorrida há duas semanas, na Câmara de Vereadores de Campo Grande, segundo informou ao Campo Grande News o deputado estadual eleito Cabo Almi (PT), que ainda cumpre mandato de vereador da Capital. Desde então, as negociações correm nos bastidores.

"Achamos que dos deputados governistas eleitos, ele é o mais possível, porque é filiado a um partido de centro-esquerda, que está alinhado com o governo federal, é um sindicalista, então tem tudo pra dar certo", comentou Almi.

De acordo com ele, nos próximos dias deve ocorrer nova rodada de conversações. "Vamos nos reunir de novo, na tentativa de manter a unidade desse grupo e buscar mais apoio", complementou.

Mesmo buscando o apoio de Lauro Davi para fechar o bloco, os oposicionistas sabem da força do governador André Puccinelli sobre seus aliados. Ao todo, ele conseguiu fazer 17 parlamentares, ou seja, praticamente dois terços dos eleitos em três de outubro.

"Sabemos do poder sobrenatural do Executivo, que fragiliza o Parlamento, mas não podemos deixar nos abater", declarou o deputado eleito.

Além de Felipe Orro, Almi e Kemp, a oposição a partir de 2011 contará com Paulo Duarte (PT), Laerte Tetila (PT), Alcides Bernal e George Takimoto (PSL).

Comissões - Além de adquirir mais "autoridade" durante as votações e maior espaço de negociação para os cargos na Mesa Diretora, a formação de um bloco, para os oposicionistas, significa mais vagas nas principais comissões temáticas da Assembleia.

"Se não conseguirmos a presidência, podemos ficar com a vice nas comissões importantes, como CCJ e Orçamento e Finanças", comentou Cabo Almi.

Hoje, a maior bancada é a do PMDB, com seis parlamentares. A segunda mais forte é a do PT, com quatro deputados eleitos. Se o bloco conseguir se consolidar, terá a maior representatividade política na Casa, com oito integrantes.

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