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Política

Pai de vereador diz que prefeito é suspeito do crime

Redação | 27/10/2010 07:34

O vice-prefeito de Alcinópolis, Alcino Carneiro, de 66 anos, pai do presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Carlos Antônio Carneiro (PDT), assassinado ontem em Campo Grande, afirmou hoje ao Campo Grande News que a polícia deve investigar o envolvimento no crime do prefeito da cidade, Manoel

Nunes da Silva (PR).

Segundo ele, o filho tinha vindo a Campo Grande para apresentar ao Ministério Público Estadual denúncia contra o prefeito, por rasurar o orçamento da cidade, em vez de pedir suplementação de verba, dada a dificuldade de relacionamento entre o prefeito e os vereadores. "O prefeito sabia que ele vinha", afirmou.

De acordo com o pai de Carlos Antônio, documentos relativos à denúncia foram apreendidos pela Polícia Civil no carro do vereador, depois do crime.

Ameaças- Ele disse que, dois meses atrás, o filho recebeu ameaças do prefeito e de um empreiteiro e comerciante de Coxim que identificou apenas como Ivo, que seria responsável por obras do Município. "O prefeito disse que ele poderia amanhecer morto se não parasse de falar".

Quanto ao empreiteiro, disse que procurou Carlos Antônio e ofereceu dinheiro para parar com as críticas ao prefeito. "Ele não aceitou".

O vice-prefeito disse que só vê este motivo para o crime cometido contra o filho.

Segundo ele, além de ter vindo a Campo Grande para apresentar denúncia contra o prefeito, Carlos Antônio veio também cuidar da defesa em um processo no Tribunal de Contas do Estado, em que a prefeitura exige a devolução, como sobra de caixa, de valores que a Câmara pretendia usar na construção de um novo prédio, obra que já está em andamento.

A Polícia Civil ainda não informou se o prefeito vai ser ouvido sobre o crime. Ontem, ele decretou luto de três dias por causa da morte do vereador crime.

Em entrevista ao Campo Grande News, o prefeito disse que o vereador fazia oposição a ele, e classificou como "oposição administrativa".

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