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Política

Para PT e PMDB, fim de doação de empresas reduz casos de corrupção

Leonardo Rocha | 20/09/2015 09:12
Mochi disse que decisão seguiu vontade da população (Foto: Fernando Antunes - Arquivo)
Mochi disse que decisão seguiu vontade da população (Foto: Fernando Antunes - Arquivo)
Presidente do PSB, Tereza Cristina, diz que decisão foi hipocrisia e melhor alternativa era fiscalização em doações (Foto: Marcos Ermínio)
Presidente do PSB, Tereza Cristina, diz que decisão foi hipocrisia e melhor alternativa era fiscalização em doações (Foto: Marcos Ermínio)
Paulo Duarte diz que decisão foi correta, pois doações geraram casos de corrupção (Foto: Arquivo)
Paulo Duarte diz que decisão foi correta, pois doações geraram casos de corrupção (Foto: Arquivo)

O fim da doação de empresas nas campanhas eleitorais deve reduzir os casos de corrupção e tornar a disputa mais equilibrada. Esta é avaliação feita por dirigentes do PT e PMDB e por cientista política. Já o PSB vê com ceticismo e aposta na maior utilização do caixa 2. 

O Supremo Tribunal Federal proibiu, ao aprovar por 8 a 3, a doação de empresas para partidos políticos durante as eleições. A decisão é diferente da reforma política aprovada pela Câmara dos Deputados, que permite as doações.

O presidente estadual do PT e prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, afirmou que a decisão do Supremo sobre a doação de campanha foi correta, pois ficou comprovado que a origem dos problemas relativos a casos de corrupção, foram em função desta situação. “Agora poderemos ter uma eleição mais igualitária e transparente, sem abuso de poder econômico pelos candidatos, acredito que este é o melhor caminho”.

A deputada federal e presidente estadual do PSB, Tereza Cristina, já tem uma visão diferente, pois avalia com ceticismo esta decisão da Justiça, já que não acredita que o poder público tenha condições de financiar uma campanha, como muitos defendem.

“Tem que ter mais transparência e maior fiscalização nas doações, mas proibir pode estimular a realização do caixa 2, é uma hipocrisia, dizem que minha campanha foi cara, mas foi tudo por dentro, nada por fora”, ressaltou a parlamentar.

O presidente do PMDB, o deputado Junior Mochi, também acredita que a decisão foi ótima, já que desta forma já foram encontrados muitos problemas, porém com esta suspensão, ele diz que o cenário será favorável. “Acredito que deva existir apenas a doação de pessoa física ao candidato”.

Sobre a possibilidade de um debate em relação ao financiamento público de campanha, o peemedebista diz que ainda a sociedade brasileira não está preparada para este caminho. “Ainda falta muito para evoluir sobre esta questão, acredito que o STF está sintonizado com a população”.

Conquista – Para o professor e cientista político, Eron Brum, esta medida é uma forma de combater a corrupção na política, com o envolvimento de empresas que faziam grandes doações e depois teriam vantagens, que foram deflagradas na Operação Lava Jato e Lama Asfáltica.

“Além disto tinha aqueles contratos com aditivos, que aumentam mais de cinco vezes, esta doação de campanha era a fonte de corrupção, o Supremo assim corta o mal pela raiz, se trata de uma decisão justa e correta, um grande passo neste sentido”, disse ele.

Para o professor os partidos e políticos já recebem um bom repasse, que teve aumento no último ano, além de dispor de horário de TV e rádio para apresentar propostas. “O fim da doação de empresas também torna a eleição mais igualitária e a médio prazo vai diminuir em metade os casos de corrupção”.

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