ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 25º

Política

Para relator da CPI do Calote, Bernal quer contratar MegaServ a “fórceps”

Zemil Rocha | 27/08/2013 18:50
Relator da CPI dando entrevista após ingressar com pedido no MPE (Foto: João Garrigó)
Relator da CPI dando entrevista após ingressar com pedido no MPE (Foto: João Garrigó)

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Calote, vereador Elizeu Dionízio, oficializou no final desta tarde representação no Ministério Público Estadual (MPE) por irregularidades na contratação emergencial da MegaServ e no Pregão Presencial nº 99 realizado hoje, tendo a empresa de Dourados como virtual vencedora por ter apresentado o menor preço, R$ 769 mil por mês, 40% abaixo do valor previsto no edital, R$ 1,26 milhão. “Minha ida ao Ministério Público é para cobrar responsabilidade da Administração, que quer a forceps por uma empresa para lhe prestar serviço”, afirmou o relator.

Na representação, Elizeu Dionízio pede ao MP que investigue a contratação para limpeza dos postos de saúde desde 1º de março, quando foi firmado contrato emergencial com a MegaServ, “mesmo tendo um monte de irregularidades”. Para ele, o prefeito Alcides Bernal (PP) “fechou os olhos” lá atrás e também agora na abertura de propostas para a contratação para o período de um ano.

A empresa MegaServ, segundo o relator da CPI, “tinha que ter sido desqualificada ou inabilitada porque apresentou documento falando que é EPP – Empresa de Pequeno Porte, que só pode ter contrato até R$ 3,6 milhões no exercício financeiro e já tem contrato com prefeitura que vence hoje no valor de 4,5 milhões”. Para ele, a prefeitura pode alegar desconhecimento até porque foi publico o reconhecimento da MegaServ, durante depoimento na CPI do Calote, de que estava irregular.

Indagado se a MegaServ não encaminhou nenhum pedido de regularização para poder participar do Pregão nº 99, Elizeu Dionízio respondeu: “Pelos documentos apresentados hoje no pregão ainda é EPP, o que torna ela uma empresa irregular e tem de ser desclassificada”.

Amanhã, Elizeu Dionízio pretende percorrer os postos de saúde para verificar se a limpeza continuará sendo executada pela MegaServ, o que configuraria outra ilegalidade. “Contrato emergencial não pode ser prorrogado”, afirmou o relator da CPI do Calote, enfatizando que a regra é clara na Lei 8.666.

Pouco antes de ir ao Ministério Público, Elizeu chegou a dizer que pretendia chamar representante do órgão e até mesmo a polícia para acompanhá-lo na visita aos postos de saúde. Indagado novamente sobre a participação da polícia, ele declarou: “Eu vou pessoalmente aos postos para postos para ver quem está fazendo a limpeza. Quanto à policia, acho que não precisa”.

Questionado se não se trataria de crime de improbidade administrativa, caso se confirme que a MegaServ continua fazendo a limpeza nos postos de saúde, o relator da CPI respondeu afirmativamente.“É crime de fraude em licitação”, finalizou.

Nos siga no Google Notícias