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Política

Para tirar cultura do esquecimento, candidatos prometem investir 1%

Ricardo Campos Jr. | 22/09/2016 17:59
Grupos de dança, teatro e música têm sobrevivido por conta em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Grupos de dança, teatro e música têm sobrevivido por conta em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

Artistas e entidades ligadas à cultura afirmam que o setor está esquecido pelo poder público. Muitas feiras culturais e eventos artísticos continuam realizados graças aos esforços dos próprios organizadores, que se mobilizam e envolvem parceiros para mantê-los em atividade.

Fundos que prometiam viabilizar livros, álbuns musicais e outros espetáculos estão atrasados há quase três anos. Uma lei que consolidava 1% da receita da cidade para o setor anualmente chegou a ser aprovada, mas depois caiu na gestão do ex-vice-prefeito Gilmar Olarte, que obteve aval da Justiça para a anulação.

Cultura é o tema da quarta matéria de uma nova série do Campo Grande News sobre propostas dos candidatos a prefeito. As respostas estão em ordem alfabética segundo os nomes usados nas urnas.

Adalton Garcia (PRTB) pretende aplicar a verba destinada no orçamento para a cultura, promover incentivos para empreendedores com projetos viáveis, realização de festivais escolares, resgatar talentos que fizeram e fazem parte da nossa história, criar o “Calendário Cultural da Capital Morena” com atividades de dança, música, artes plásticas, teatro, cinema e implementar atividades culturais no contra turno escolar.

Alex do PT promete cumprir a lei e aplicar 1% do orçamento na cultura e pagar os projetos culturais sem atraso; criar o Cartão Jovem Cidadão para beneficiar jovens de baixa renda com acesso às atividades de arte e cultura; criar a Escola Municipal de Artes, reformar o Teatro Otávio Guizo e levar o cinema popular às regiões da Capital, além da criação da Rua 24 horas no Centro, com foco
nas atividades culturais.

Aroldo Figueiró (PTN) pretende, antes de tudo, valorizar e dar apoio aos milhares de artistas já em atividade, pois segundo ele a cidade conta com uma rica variedade de talentos em todos os segmentos culturais e é preciso olhar com carinho e respeito para os artistas, assim como despertar nas crianças a curiosidade e o interesse pela cultura de forma geral. Diante disso, vai trabalhar a busca pela vocação artística e impor a arte no currículo educacional.

Athayde Nery (PPS) traçou 15 metas para a cultura, sendo um dos responsáveis pela lei do 1% para a cultura, e a principal delas é a criação de um sambódromo para a Capital. A intenção é que o local também seja utilizado para o desenvolvimento de atividades ligadas às escolas de samba. No projeto também esta a conclusão do Centro de Belas Artes e promover ações transversais entre os diversos gêneros de arte, preservando as culturas populares e tradicionais.

Coronel David (PSC) vai cumprir a lei municipal que prevê investimento de 1% da receita na cultura e também vai concluir o Centro de Belas Artes num amplo programa de revitalização, que contemplaria a Orla Ferroviária e a antiga estação rodoviária, e criará o novo polo cultural e gastronômico na região central de Campo Grande.

Lauro Davi (PROS) criará programas como o “Programa Rede Cultural” e o “Programa Municipal de Fomento às Artes”, que são iniciativas de incentivo e apoio para a cultura do município, além de investir na ocupação de espaços públicos como espaços culturais e garantirá o pagamento em dia dos editais e maiores investimentos nos projetos já existentes.

Marquinhos Trad (PSD) pretende trabalhar junto com pessoas capacitadas e técnicas. Ele pretende restaurar e conservar os museus, valorizar os novos talentos, incentivar propostas culturais independentes e realizar os projetos “Arte na Praça”, “Palco Campo Grande Itinerante” e “Praça Viva” para levar a expressão da música, do teatro, da dança e do artesanato à população.

Rose Modesto (PSDB) pretende recompor o Conselho Municipal de Cultura, elaborar um calendário anual de eventos e captar os recursos para os editais existentes, além de reformar o Teatro do Paço, concluir o Centro de Belas Artes, incentivar a produção audiovisual e utilizar as praças públicas como espaços de cultura, lazer e esporte e promover a arte e a cultura nas escolas da rede municipal para a juventude.

Suél Ferranti (PSTU) diz que todos os espaços públicos, dentre eles, escolas, praças, centros de convenções e postos de saúde devem ser abertos a todos os artistas da cidade para que possam expor o seu trabalho sem cobrança de nenhuma taxa e promete valorização e incentivos aos artistas, artesões, autores da casa, para depois atender aos expoentes externos. Os espaços abandonados serão desapropriados e destinados à cultura.

Todos os 15 candidatos foram convidados a participar da série. Alcides Bernal (PP), Arce (PCO), Elizeu Amarilha (PSDC), Marcelo Bluma (PV), Pedrossian Filho (PMB) e Rosana Santos (PSOL) não enviaram as repostas até a publicação desta reportagem.

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