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Política

Paraguaios têm até às 16 horas para justificar o voto em Campo Grande

Ângela Kempfer e Mariana Lopes | 21/04/2013 11:24
Cônsul diz que desinformação pode atrapalhar justificativas.
Cônsul diz que desinformação pode atrapalhar justificativas.

Até as 10 horas deste domingo, nenhum eleitor havia aparecido para justificar o voto no Consulado do Paraguai em Campo Grande. O local é o único em Mato Grosso do Sul autorizado a receber as justificativas neste dia de eleições presidenciais.

No prédio da rua 26 de agosto, a estrutura está aberta desde às 8 da manhã, em vão. “Acho que muita gente não sabe que pode justificar aqui”, comenta o cônsul Angel Adrian Gill Lesme.

Ele explica que até o ano passado, os paraguaios que viviam aqui no Estado só podiam justificar a ausência em algum município do outro lado da fronteira. Como 2013 é o primeiro ano em que o serviço é oferecido pelo consulado aqui em Campo Grande, a desinformação pode atrapalhar.

O cônsul espera que nas próximas eleições, passe a funcionar no Brasil sistema igual ao já implantado na Argentina, Espanha e Estados Unidos, onde os paraguaios podem votar à distância.

Não há controle de quantos eleitores paraguaios moram hoje em Mato Grosso do Sul. A estimativa é de cerca de 3.5 mil. Para justificar, a pessoa precisa aparecer no consulado com carteira de identificação e o título de eleitor. No local, o eleitor preenche uma ficha onde justifica o motivo da ausência na votação.

O consulado fica no Prédio 26 de Agosto, na rua 26 de Agosto, número 362. A sala fica no 11º andar.

Eleições - Na sexta-feira, o clima ficou tenso depois que o jornal ABC Color divulgou vídeo onde um parlamentar do partido Colorado aparece negociando a compra de votos.

Nas imagens, ele oferece 100 mil guaranis por eleitor que não vote. Pelas ruas das cidades paraguaias, cartazes alertam para esse tipo de manobra e pedem à população que não aceite dinheiro em troca da retenção de seus documentos de identidade, necessários para votar.

Hoje, dois bolivianos foram presos, armados, mas não há detalhes sobre o “incidente típico”, como classificou o governo paraguaio.

Horácio Cartes, do Partido Colorado, e Efraín Alegre, do Partido Liberal, são os favoritos, segundo pesquisas eleitorais de diferentes institutos, com leve vantagem na boca de urna para Horácio. No Paraguai não existe segundo turno, ganha quem obtiver a maioria dos votos.

Frederico Franco deixa a presidência do Paraguai depois que do companheiro e antecessor, Fernando Lugo, conseguir romper 61 anos dos colorados no poder.

A votação ocorre dez meses depois do impeachment de Lugo, fastado sob acusação de "mau desempenho de suas funções".

 

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